Legítimo de Braga
O Jaguaribe e outras realidades
“Eu sou a água viva”
A sociedade não forma mais o homem com H maiúsculo, honrados,
honestos, humildes, hospitaleiros, humanos. Deus criou o Homem, e o Homem veio
do húmus, que é a terra fértil, daí o nome do nosso pai ancestral Adão, do
Hebraico Hadamá que significa terra fértil. O fugir disso é o degenerar, e quem
sai aos seus não degenera, uma célula sadia é a origem da vida, já uma célula
que degenerou, cancerígena, é a morte do corpo.
A sociedade capitalista hoje forma engenheiros, médicos,
advogados, mas como Diógenes a dois mil anos, com um Lampião aceso ao meio dia dentro
de um mercado, procura um Homem.
Há um rio que sai do trono de Deus, afirma a Escritura
Sagrada. Conta Homero na Eneida que o heroico Eneias antes de fundar Roma,
atravessou o rio Estige para ouvir conselhos do seu pai Anquises, os antigos já
afirmavam que o Egito era uma dádiva do rio Nilo. Como então podemos desprezar,
diminuir, destruir a principal artéria fluvial do sertão Cearense, nosso rio da
onça, nosso Jaguaribe, sem antes condenar a nos mesmos e aos nossos filhos a um
futuro funesto. Já foi dito que no sertão a seca não respeita nem ricos nem
pobres, tornando todos miseráveis. São por estas razões que tenho afirmado
sempre que para abraçar causa tão grandiosa como a salvação do nosso rio é
necessário formar a peça homem, só o SER HUMANO estará pronto para dar cabo a
causa tão grandiosa. E o Homem tem que ser, não parecer, e isso tem sido o
nosso maior mal, enquanto o nosso rio perece muitos simulam a sua defesa.
Na contra mão de tudo isso, tenho empreendido minhas poucas
forças na propagação de uma contracultura do lixo, com o projeto Abaeté, Homem
verdadeiro; Ig Catu museu vivo, nos trilhos da cultura; Troféu Anteu, ao
gigante filho da terra, em toda a ribeira, tanto na zona urbana como na zona
rural, na tentativa de fazer com que
este volte a ser frequentado, levando nossa população a conhecer a nossa triste
e repugnante realidade em relação ao Jaguaribe, mas também a beleza de nossa
fauna, nossa flora, nossa história, hoje sacrificada. Sem buscar culpados, mas
numa constante luta para fazer do nosso rio em sua área urbana uma grande liça
na formação do ser humano.
Vamos pro rio!!!
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