5 de abr. de 2022

 

Ig Catu museu vivo

Nos trilhos da cultura

Semana do município 2022

Secretaria da educação, cultura e ensino superior

 

“São pelos mapas antigos que fazemos as mais seguras viagens modernas. “

Só podemos amar em verdade, aquilo que conhecemos. Como poderemos amar nosso bioma, nossa Caatinga, nossa fauna, nossa flora, nosso Jaguaribe, nossa história, se não levarmos as crianças, os velhos, a frequentarem o nosso rio da onça, num entrelaçamento social onde nossa infância conheça nossa história contada por nossos pais e avós, onde a juventude volte a respeitar a velhice na grande liça que é o nosso Jaguaribe, um imenso museu vivo.

 

Ig Catu

Anhamun, chefe dos Jucás, recebeu sua flecha que tu lhe mandaste, chefe dos Tapijaras, e soprou o boré para convocar os seus guerreiros. Ele veio pelo rastro dos inimigos, atravessou a grande planície de Ig Catu, onde impera a nação Quixelô, e rápido como uma seta chegou ao Quixeramobim...

 

Em O Sertanejo, no capítulo da Carta, José de Alencar poderia  ter feito esta pequena referência a nossa terra, afinal lá não falta referência ao Recife, aos Inhamuns, Ouricuri, Crateús, Jaguaribe, Jucás. Como então faltar Ig Catu, a planície da água boa. Nunca poderei perdoar isto a Alencar. Quando os missionários brancos nesta planície chegaram, encontraram já, onde hoje é o centro comercial da cidade, uma verdadeira olaria às margens da lagoa, que recebeu logo o nome de telha. Eram os primitivos mestres do barro pertencentes à nação Quixelô. Uma outra grande lagoa que mais tarde veio também contribuir dando o seu nome a nossa terra, quando depois de ser Missão da Telha, Vila da Telha, Cidade da Telha tomamos a denominação de cidade do Iguatu, foi a lagoa de Ig Catu, que vulgarizado o termo pelo impacto do linguajar do homem branco, veio a se tornar Iguatu. O nome Iguatu é derivado do termo Ig = água & Catú = boa. Pela lei províncial N° 558, de 27 de Novembro de 1851, no governo do Dr. Joaquim Marcos de Almeida Rego, 18° Presidente da província, foi criada a Vila da Telha... Em 1874, por força da lei N° 1612, de 21 de Agosto, Telha foi elevada à categoria de  cidade. A denominação de Iguatu surgiu com a publicação de lei N° 2035 de 20 de Outubro de 1883, quando era presidente da província do Ceará, o Dr. Sátiro de Oliveira Dias.

“ Meu padrinho Cícero mandou que eu marcasse o lugar de uma capela, pra no futuro a gente receber o padre e ouvir a santa missa. Vou marcar aqui. Como sinal, vamos todos cavar um buraco pra incolocar esta cruz, em louvor ao protetor deste lugar, Santo Inácio de Loyola, o criador dos Jesuítas. Meu padrinho Cícero disse que neste local na sombra de uma baraúna, num passado distante, dois Jesuítas foram perseguidos por um governante chamado Pombal. Aqui eles viveram até a morte, protegidos pelos índios Cariri...”

(Caldeirão)

 

Antes, era Missão da Telha. Em tempos que foram apagados pela cultura imposta, vivia enérgico e forte um povo de guerreiros nestas terras, que receberam com hospitalidade os missionários da cruz, missionários de Cristo. Esses missionários tinham determinação de conhecerem os costumes, a língua, a maneira de pensar do selvícola, só depois disso, de terem angariado o respeito, a confiança e porque não dizer a amizade desses, saiam a propagar o evangelho do Cristo Jesus, na formação do SER humano, como os ensinou santo Inácio de Loyola, fundador da companhia de Jesus. Esse Inácio de Loyola, antes, Don Inácio de Loyola, capitão do exército espanhol, fidalgo, senhor de castelo, valente, orgulhoso como todo espanhol, foi ferido por um balaço quando em luta contra a França. No acampamento militar enquanto convalescia, pediu um livro para ler, e o único livro que se encontrou naquele ambiente de guerra, foi o livro da vida de todos os santos, no princípio leu-o com fastio, depois com gosto, e por último com fome, de tal forma que ao finda-lo havia descoberto que aos trinta e três anos de corte e de guerra, ainda não era um Homem. Abandonando aquela visão materialista do mundo, criando a Companhia de Jesus, formando missionários que saíram por todo o mundo a propagar o evangelho do Cristo Jesus, na formação do SER Honrado, do SER Honesto, do SER Humilde, do SER Hospitaleiro, do SER Humano. Foram esses missionários Carmelitas, Jesuítas, seculares que primeiro chegaram a estas terras da nação Quixelô e é esta a missão da telha.

 

Diante do teu sermão, toda virtude

A braveza das tribos se esboroa

E amigos fazes nessa gente à-toa

Cuja humildade te comove e ilude

 

Por onde marchas não se morre a míngua,

Afugentas paixões, ensinas preces

Falando ao bugre em sua própria língua.

...

Chegam à aldeia no sagrado empenho

Falam de Deus. O principal vacila...

Batizam, plantam; brota a cana,- é o Engenho

Vêm portugueses e o ouvidor, - é a Vila

 

Para tanto, porém, quanto suplício!...

Quantas perfídias de capitães mores!...

Quantas vidas de Santo em sacrifício!...

(H.C.)

 

 

 

 

Missões da:


·       Grades de ferro com 2m de altura com imagens (desenhos) que lembrem o índio Quixelô e o missionário.

·       Retirada do metro de calçada ao redor da lagoa, aumentando a área de plantio

·       O replante das margens da lagoa com árvores de nosso bioma, de preferência ouricuzeiros.

·       Aluguel de varas de anzol, para a recreação das famílias, num pesque e solte.

·       Barcos em que as famílias possam fazer um pequeno passeio sobre o lago.

·       As calçadas à margem da lagoa serão prioridade para as famílias se alojarem durante a recreação, serão oferecidos livros para a leitura, e permitido o lanche.

·       Alguns pontos onde o motor faça um banho constante, para os frequentadores e para a oxigenação da água.

·       O espaço conhecido como o largo da telha será interditado pelo Demutran, nos feriados, no sábado depois da feira e aberto nos domingos depois das 16 horas.

 

O rio trussu que tem sua nascente na localidade de Pedra Branca, acima do munícipio de Catarina, na região dos Inhamuns, e que desagua no Jaguaribe, na cidade Iguatu, não sem antes ter seus ímpetos freados pela parede do açude Roberto Costa, construído no ano de 1996 no distrito de Suassurana e que possui um importante balneário que poderá em vista do grande açude, se transformar num centro cultural, com a exposição permanente da água boa, onde o visitante trazido pelos trilhos da antiga RVC (rede de viação cearense), mais tarde REFESA (Rede ferroviária federal sociedade anônima), num trem cultural com quatro vagões, um representando a civilização do couro, outro lembrando o áureo período do algodão, um com músicos do baião e outro com restaurante, encontrará exposto nas dependências de seu balneário, histórias que homenageiam os gigantes filhos da terra, vaqueiros, agricultores e mulheres do campo. Gente honrada, gente honesta, humilde, hospitaleira, numa tentativa de que as gerações futura, conhecendo nossa história, nossos rios, nossas lagoas, passem a amá-las e consequentemente, a defendê-las e protege-las da ganância do grande capital, entre eles, o imobiliário, a rota deverá unir vilas, bairros e povoações ligadas desde tempos pelo nosso trilho, a citar; Alencar, Chapadinha, Vila Moura, Vila Neuma, São Gabriel, Urbe, Novo Iguatu, Varzinha e Estação Engenheiro Barreto em Suassurana.


·       Quem já foi agraciado com o troféu? : Ferroviários, professores da roça, vendedores ambulantes da pedra as estação ferroviária

 

Futura homenagem: Carroceiro e carreteiros

 

A iniciativa deste trabalho é aproximar a administração publica municipal das classes menos favorecidas, humanizando a todos, grandes e pequenos, para o bem maior do nosso Iguatu.

 

·       Banner

·       Convites personalizados

·       Troféus

·       Divulgação midiática

·       Jantar para os homenageados, cada um tendo direito a um acompanhante.

·       Transporte

·       Datashow

 

 

“... A história não quer se repetir, o amanhã não quer ser outro nome do ontem, mas obrigamos a se converter em destino fatal quando nos negamos a aprender as lições que ela, senhora de muita paciência, nos ensina dia após dia.”

(Eduardo Galeano)

 

 


Museu da imagem e do som

Diretor

 

Cícero Correia Lima

Legítimo de Braga



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