Ig Catu
museu vivo
Nos trilhos
da cultura
Semana do
município 2022
Secretaria
da educação, cultura e ensino superior
“São pelos mapas
antigos que fazemos as mais seguras viagens modernas. “
Só podemos
amar em verdade, aquilo que conhecemos. Como poderemos amar nosso bioma, nossa
Caatinga, nossa fauna, nossa flora, nosso Jaguaribe, nossa história, se não
levarmos as crianças, os velhos, a frequentarem o nosso rio da onça, num
entrelaçamento social onde nossa infância conheça nossa história contada por
nossos pais e avós, onde a juventude volte a respeitar a velhice na grande liça
que é o nosso Jaguaribe, um imenso museu vivo.
Ig Catu
Anhamun,
chefe dos Jucás, recebeu sua flecha que tu lhe mandaste, chefe dos Tapijaras, e
soprou o boré para convocar os seus guerreiros. Ele veio pelo rastro dos
inimigos, atravessou a grande planície de Ig Catu, onde impera a nação Quixelô,
e rápido como uma seta chegou ao Quixeramobim...
Em O
Sertanejo, no capítulo da Carta, José de Alencar poderia ter feito esta pequena referência a nossa
terra, afinal lá não falta referência ao Recife, aos Inhamuns, Ouricuri,
Crateús, Jaguaribe, Jucás. Como então faltar Ig Catu, a planície da água boa.
Nunca poderei perdoar isto a Alencar. Quando os missionários brancos nesta planície
chegaram, encontraram já, onde hoje é o centro comercial da cidade, uma
verdadeira olaria às margens da lagoa, que recebeu logo o nome de telha. Eram
os primitivos mestres do barro pertencentes à nação Quixelô. Uma outra grande
lagoa que mais tarde veio também contribuir dando o seu nome a nossa terra,
quando depois de ser Missão da Telha, Vila da Telha, Cidade da Telha tomamos a
denominação de cidade do Iguatu, foi a lagoa de Ig Catu, que vulgarizado o
termo pelo impacto do linguajar do homem branco, veio a se tornar Iguatu. O
nome Iguatu é derivado do termo Ig = água & Catú = boa. Pela lei províncial
N° 558, de 27 de Novembro de 1851, no governo do Dr. Joaquim Marcos de Almeida
Rego, 18° Presidente da província, foi criada a Vila da Telha... Em 1874, por
força da lei N° 1612, de 21 de Agosto, Telha foi elevada à categoria de cidade. A denominação de Iguatu surgiu com a
publicação de lei N° 2035 de 20 de Outubro de 1883, quando era presidente da
província do Ceará, o Dr. Sátiro de Oliveira Dias.
“ Meu padrinho Cícero mandou que eu
marcasse o lugar de uma capela, pra no futuro a gente receber o padre e ouvir a
santa missa. Vou marcar aqui. Como sinal, vamos todos cavar um buraco pra incolocar
esta cruz, em louvor ao protetor deste lugar, Santo Inácio de Loyola, o criador
dos Jesuítas. Meu padrinho Cícero disse que neste local na sombra de uma
baraúna, num passado distante, dois Jesuítas foram perseguidos por um
governante chamado Pombal. Aqui eles viveram até a morte, protegidos pelos
índios Cariri...”
(Caldeirão)
Antes, era
Missão da Telha. Em tempos que foram apagados pela cultura imposta, vivia
enérgico e forte um povo de guerreiros nestas terras, que receberam com
hospitalidade os missionários da cruz, missionários de Cristo. Esses
missionários tinham determinação de conhecerem os costumes, a língua, a maneira
de pensar do selvícola, só depois disso, de terem angariado o respeito, a
confiança e porque não dizer a amizade desses, saiam a propagar o evangelho do
Cristo Jesus, na formação do SER humano, como os ensinou santo Inácio de
Loyola, fundador da companhia de Jesus. Esse Inácio de Loyola, antes, Don
Inácio de Loyola, capitão do exército espanhol, fidalgo, senhor de castelo,
valente, orgulhoso como todo espanhol, foi ferido por um balaço quando em luta
contra a França. No acampamento militar enquanto convalescia, pediu um livro
para ler, e o único livro que se encontrou naquele ambiente de guerra, foi o
livro da vida de todos os santos, no princípio leu-o com fastio, depois com
gosto, e por último com fome, de tal forma que ao finda-lo havia descoberto que
aos trinta e três anos de corte e de guerra, ainda não era um Homem.
Abandonando aquela visão materialista do mundo, criando a Companhia de Jesus,
formando missionários que saíram por todo o mundo a propagar o evangelho do
Cristo Jesus, na formação do SER Honrado, do SER Honesto, do SER Humilde, do
SER Hospitaleiro, do SER Humano. Foram esses missionários Carmelitas, Jesuítas,
seculares que primeiro chegaram a estas terras da nação Quixelô e é esta a
missão da telha.
Diante do teu sermão, toda virtude
A braveza das tribos se esboroa
E amigos fazes nessa gente à-toa
Cuja humildade te comove e ilude
Por onde marchas não se morre a
míngua,
Afugentas paixões, ensinas preces
Falando ao bugre em sua própria
língua.
...
Chegam à aldeia no sagrado empenho
Falam de Deus. O principal vacila...
Batizam, plantam; brota a cana,- é o
Engenho
Vêm portugueses e o ouvidor, - é a
Vila
Para tanto, porém, quanto
suplício!...
Quantas perfídias de capitães
mores!...
Quantas vidas de Santo em
sacrifício!...
(H.C.)
Missões da:
· Grades de ferro com 2m de altura com
imagens (desenhos) que lembrem o índio Quixelô e o missionário.
· Retirada do metro de calçada ao redor
da lagoa, aumentando a área de plantio
· O replante das margens da lagoa com
árvores de nosso bioma, de preferência ouricuzeiros.
· Aluguel de varas de anzol, para a
recreação das famílias, num pesque e solte.
· Barcos em que as famílias possam
fazer um pequeno passeio sobre o lago.
· As calçadas à margem da lagoa serão
prioridade para as famílias se alojarem durante a recreação, serão oferecidos
livros para a leitura, e permitido o lanche.
· Alguns pontos onde o motor faça um
banho constante, para os frequentadores e para a oxigenação da água.
· O espaço conhecido como o largo da
telha será interditado pelo Demutran, nos feriados, no sábado depois da feira e
aberto nos domingos depois das 16 horas.
O rio trussu
que tem sua nascente na localidade de Pedra Branca, acima do munícipio de
Catarina, na região dos Inhamuns, e que desagua no Jaguaribe, na cidade Iguatu,
não sem antes ter seus ímpetos freados pela parede do açude Roberto Costa,
construído no ano de 1996 no distrito de Suassurana e que possui um importante
balneário que poderá em vista do grande açude, se transformar num centro
cultural, com a exposição permanente da água boa, onde o visitante trazido
pelos trilhos da antiga RVC (rede de viação cearense), mais tarde REFESA (Rede
ferroviária federal sociedade anônima), num trem cultural com quatro vagões, um
representando a civilização do couro, outro lembrando o áureo período do
algodão, um com músicos do baião e outro com restaurante, encontrará exposto
nas dependências de seu balneário, histórias que homenageiam os gigantes filhos
da terra, vaqueiros, agricultores e mulheres do campo. Gente honrada, gente
honesta, humilde, hospitaleira, numa tentativa de que as gerações futura,
conhecendo nossa história, nossos rios, nossas lagoas, passem a amá-las e
consequentemente, a defendê-las e protege-las da ganância do grande capital,
entre eles, o imobiliário, a rota deverá unir vilas, bairros e povoações
ligadas desde tempos pelo nosso trilho, a citar; Alencar, Chapadinha, Vila
Moura, Vila Neuma, São Gabriel, Urbe, Novo Iguatu, Varzinha e Estação Engenheiro
Barreto em Suassurana.
· Quem já foi agraciado com o troféu? : Ferroviários, professores da roça, vendedores ambulantes da pedra as estação ferroviária
Futura
homenagem: Carroceiro e carreteiros
A iniciativa
deste trabalho é aproximar a administração publica municipal das classes menos
favorecidas, humanizando a todos, grandes e pequenos, para o bem maior do nosso
Iguatu.
· Banner
· Convites personalizados
· Troféus
· Divulgação midiática
· Jantar para os homenageados, cada um
tendo direito a um acompanhante.
· Transporte
· Datashow
“... A
história não quer se repetir, o amanhã não quer ser outro nome do ontem, mas
obrigamos a se converter em destino fatal quando nos negamos a aprender as
lições que ela, senhora de muita paciência, nos ensina dia após dia.”
(Eduardo Galeano)
Museu da imagem e do som
Diretor
Cícero Correia Lima
Legítimo de Braga
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