Jardins de Aristóteles

5 de abr. de 2022

 

PROJETO

JARDINS DE ARISTÓTELES


PERIPATÉTICAS E EMPÍRICAS AULAS

LOCAL: ESCOLA NOSSA SENHORA PERPÉTUO SOCORRO




 











 

Eu sou como a garça triste
"Que mora à beira do rio,
"As orvalhadas da noite
"Me fazem tremer de frio.

"Me fazem tremer de frio
"Como os juncos da lagoa;
"Feliz da araponga errante
"Que é livre, que livre voa...”

Castro Alves.

 

O prefeito Ednaldo de Lavor Couras depois de constatar in loco em anos consecutivos o completo abandono e esquecimento da nossa maior artéria fluvial –  Jaguaribe (do tapuia - Rio da Onça), convoca todas as secretarias da administração municipal, através das secretarias de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal e a de Educação, Cultura e Ensino Superior, a instituírem o projeto “Jardins de Aristóteles”, que tem como finalidade propagar uma contra cultura do lixo, ocupando uma área nas ribeiras do Jaguaribe, face Leste da  escola Nossa Senhora do Perpetuo do Socorro que será anfitriã das demais escolas do município, recebendo durante todo o ano letivo uma sala de aula . Onde os alunos terão o primitivo contato com a terra.

Para termos uma noção maior e melhor do termo peripatético, temos que mergulhar no principio dos tempos, e lembrar a mitológica figura do centauro Quiron, mestre na caça, na música, na arte de profecia e na cura, sendo este o professor do nosso primeiro medico Escúlapio, que aprendeu tudo do mestre pelo poder de observação da natureza. Chegando através disto a proeza maior de curar um morto, sendo por isto condenado pelo deus Zeus, que o fulminou com um raio.     

Com o filosofo Sócrates, filho de uma parteira, que tudo aprendeu com a arte da observação em empíricas aulas , vemos surgir o termo “maiêutica” (que significa a arte de partejar, parir). Afirmava que: “a filosofia nos ensina a parir por cima”, com a cabeça.

Ouvindo da boca de Platão a sabedoria de Sócrates, Aristóteles aperfeiçoou este termo, criando o termo peripatético que significa – aprender andando. O exemplo maior disto, temos no nazareno, no galileu em sermões pregados as margens dos rios, em montanhas, nos desertos, nas praias e ruas. Como exemplo maior podemos citar o caminho Real da Santa Cruz, onde ao peso do madeiro foi sacrificado, nascendo o Cristo.

A morte de Sócrates:

“No catre escuro da prisão severa,

Predicando aos discípulos, sereno

De alma impassível, Sócrates espera

Os eternos efeitos do veneno

 

A Apolodorio, a quem a magoa altera, tranquiliza

E a Criton, num ultimo aceno,

Paga um cálice a Escúlapio...

É a  álgida, a morte e cumpre o seu dever terreno.

 

Tinha passado os últimos escolhos:

A Alma voará feliz, pelo seu lábio,

Pondo polem das asas nos seus olhos

- Que ele sentira, neste instante augusto

A ventura tranquila, de SER sábio.

A volúpia divina de SER  justo”

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