Troféu Anteu
Ao gigante filho da terra do sítio Barra de Fátima
Ao ser Honrado, Honesto, Humilde, Hospitaleiro.
Apoio: Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo
Secretaria do desenvolvimento agrário (SDA)
Instituto Agropolos do Ceará
Camponesa Maria Solange de Amorim Felipe, filha do casal José Alves do Carmo e Hilma Amorim do Carmo, nasceu no sítio Santa Rosa em 23 de Março de 1964, criando-se num pequeno terreno que seu pai recebeu de herança no sítio Carrapicho, sendo a segunda filha numa linhagem de 10 irmãos: João, Neurismar, Maria Nalva, Eliana, Cícera, Chiquinho, Sitonio , Manuel e Bonfim. O terreno era da chapada do Moura até o riacho da Carnaúba, quando o açude do Orós está cheio as águas represam por aquelas terras, apesar do terreno ser pequeno, papai criou nós todos na roça, homens e mulheres não fazia distinção, no baixio plantávamos o arroz de seca e de inverno, o açude ia secando e a gente ia aumentando a vazante, tínhamos um motor a gás de muita serventia, jogava água naquela terra mais alta, quando não chegava, papai e meus irmãos mais velhos aguavam no balde, no coberto plantávamos o milho, feijão e algodão, se chovesse nós tirávamos, se não, perdíamos toda a safra, mas naqueles tempos os invernos eram muito bons, muito comprido, chuva até o mês de Junho.
Minha primeira professora foi levada para o sítio Carrapicho pelo senhor Claro, para ensinar as crianças de lá, chamava-se Dona Luzimar, ela nos ensinava numa tapera de barro, pra mais de 20 meninos, com o tempo fomos estudar numa escola lá no sítio Vertentes, a professora era dona Dulce e dona Lala, íamos a pé, não tinha historia de ônibus, nem bicicleta, voltávamos com uma fome, meu Deus! Lá na escola só tinha uma merenda, que eles chamavam de leite do padre.
O Meu marido Francinildo Alves Felipe e do mesmo sítio Carrapicho, nos criamos juntos, brincando juntos, estudando juntos, trabalhando juntos, foi meu primeiro e único namorado, casamos no dia 16 de outubro de 1981, tenho 04 filhos dele: o José Alves, Francisco, Cícero, Ângela, temos 07 netos e uma bisneta, a Ana Júlia, quando as águas do Orós baixaram muito, ele resolveu vir trabalhar aqui nesta região da Barra, aqui tinha água a vontade, muito arroz irrigado, fiquei morando na Vila Moura, ele vinha com os meninos, o Francisco e o José, passavam o dia na vazante de arroz, eu vinha deixar o almoço numa moto, quando não, vinha passar o dia com eles e fazia o almoço debaixo de um pé de Juazeiro, com o tempo compramos este pequeno terreno, mas é umas 10 tarefas, construímos nossa casa e nossos filhos estão todos criados, constituíram suas famílias, dois deles construíram suas casas aqui do lado da nossa, trabalham na roça com o pai, um mora na Vila Moura, mas vem trabalhar aqui, só o mais velho, o Francisco que mora em São Paulo.
Graças a Deus sou muito feliz com minha família, meu marido. Um pouco ansiosa porque coloquei os papéis de minha aposentadoria e agora espero um resultado favorável, trabalho desde criança e acredito que já tenha este direito, um financeiro que ajudará a manter nossa casa e ajudar a criar meus netos.
Legitimo de Braga
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