Troféu Anteu
A gigante filha da terra do sítio Jenipapeiro
Apoio: Prefeitura de um novo tempo
Associação dos Idosos de Santa Edwiges
Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA)
Instituto Agropolos do Ceará
A gigante filha da terra do sítio Jenipapeiro
Apoio: Prefeitura de um novo tempo
Associação dos Idosos de Santa Edwiges
Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA)
Instituto Agropolos do Ceará
Camponesa Ana Vieira Rodrigues de Lima nasceu 10 de junho de
1946, filha do casal José Manuel Maricota (Zé Vieira) e Benta Francisca de
Amorim.
- Me casei em 1963, ano que o Orós encheu ano também que o Zé Jairo morreu, vaqueiro afamado, morreu numa vaquejada aqui no Jenipapeiro, nas terras do velho Enéas, pai do Didier Cavalcante. Nasci no Sítio Santa Rosa II, na propriedade do meu Avô Chicô Amorim. Papai nunca deu valor a escola, levava todos nós, 8 irmãos, 3 homens e 5 mulheres, todos pra roça, ele dizia:
_ Escola pra mulher é que nem marcha em besta. Trabalhando é que se aprende.
Conheci o meu marido, o José, numa noite de novena na casa de Fransquim Amorim, lá na Santa Rosa II, depois ele ficou me visitando, vinha a cavalo, nas quartas e nos domingos, mas não me via, ficava na sala conversando com papai, juntamente com mamãe e minha irmã mais velha a Laura que descaroçavam o algodão, eu ficava acuada no quarto, mas tivemos 10 filhos, 3 homens e 7 mulheres, Deus levou o primeiro, os outros 9 estão todos aqui na ribeira do Jaguaribe, alguns casaram, em casa comigo além de meu marido, hoje com 84 anos, tenho duas filhas gêmeas a Rute e a Raquel.
Quando menina moça trabalhando com meu pai era pelas mãos de Deus, se mandasse chuva segurava se não, perdíamos toda a lavoura. Depois que o Orós encheu em 1963, ai foi uma riqueza. Às quatro horas da manhã já me levantava para preparar a comida, depois íamos em duas canoas, 8 pessoas, duas horas e meia de remo, água de um lado e do outro, e no meio a ilhota com nossa vazante, arroz, feijão, milho, batata, melão, jerimum, meio dia parávamos para tomar o banho e pegar o peixe do almoço. Uma vida de muito sofrimento, muita luta e muito trabalho.
Mas sou feliz, graças a Deus não tenho inveja de ninguém. Quando me casei só trouxe duas cuias grandes e uma mala com duas redes. Hoje, tenho construídas duas casas com o suor do meu trabalho, uma na Santa Rosa II e outra aqui no Jenipapeiro e de quebra tenho vinte netos e sete bisnetos.
- Me casei em 1963, ano que o Orós encheu ano também que o Zé Jairo morreu, vaqueiro afamado, morreu numa vaquejada aqui no Jenipapeiro, nas terras do velho Enéas, pai do Didier Cavalcante. Nasci no Sítio Santa Rosa II, na propriedade do meu Avô Chicô Amorim. Papai nunca deu valor a escola, levava todos nós, 8 irmãos, 3 homens e 5 mulheres, todos pra roça, ele dizia:
_ Escola pra mulher é que nem marcha em besta. Trabalhando é que se aprende.
Conheci o meu marido, o José, numa noite de novena na casa de Fransquim Amorim, lá na Santa Rosa II, depois ele ficou me visitando, vinha a cavalo, nas quartas e nos domingos, mas não me via, ficava na sala conversando com papai, juntamente com mamãe e minha irmã mais velha a Laura que descaroçavam o algodão, eu ficava acuada no quarto, mas tivemos 10 filhos, 3 homens e 7 mulheres, Deus levou o primeiro, os outros 9 estão todos aqui na ribeira do Jaguaribe, alguns casaram, em casa comigo além de meu marido, hoje com 84 anos, tenho duas filhas gêmeas a Rute e a Raquel.
Quando menina moça trabalhando com meu pai era pelas mãos de Deus, se mandasse chuva segurava se não, perdíamos toda a lavoura. Depois que o Orós encheu em 1963, ai foi uma riqueza. Às quatro horas da manhã já me levantava para preparar a comida, depois íamos em duas canoas, 8 pessoas, duas horas e meia de remo, água de um lado e do outro, e no meio a ilhota com nossa vazante, arroz, feijão, milho, batata, melão, jerimum, meio dia parávamos para tomar o banho e pegar o peixe do almoço. Uma vida de muito sofrimento, muita luta e muito trabalho.
Mas sou feliz, graças a Deus não tenho inveja de ninguém. Quando me casei só trouxe duas cuias grandes e uma mala com duas redes. Hoje, tenho construídas duas casas com o suor do meu trabalho, uma na Santa Rosa II e outra aqui no Jenipapeiro e de quebra tenho vinte netos e sete bisnetos.
Legítimo de Braga.
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