Troféu Anteu
Ao gigante filho da terra do sitio Cruiri.
Apoio:
Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo
Secretaria de desenvolvimento agrário (SDA)
Agropolos
Ao ser honrado, honesto,
humilde, hospitaleiro.
(In Memorian)
Vaqueiro João Silvino de Oliveira, popularmente conhecido como João
Romana, filho do casal Francisco Marcolino de Oliveira e Maria Romana de
Oliveira. Nasceu no dia 07 de junho de 1926, no município de Solonopoles,
casando-se com a Sra. Maria Nilce de Oliveira, sendo pai de 11 filhos desta, a
citar: Maria do Socorro, José Arleide (In memorian), Maria Nilce, Josefa Maria,
José Airton, Raimundo, Edival, José Aparecido(In memorian), Antônio Osmar (In
memorian), Maria do Céu, José Edilson, e a Maria Irenilce, papai começou a
trabalhar com gado com idade de 12 anos, seu patrão era também meu padrinho,
chamava-se Chiquinho Honorio, lá do
sitio Tanque, no município de Jaguaribe, próximo a Nova Floresta, o meu
padrinho afirmava ser da família Honório, aqui do Iguatu. Lá no meio dos anos
70, houve uma questão envolvendo o meu irmão mais velho e papai resolveu sair
de lá com toda a família, foi então que o seu patrão o aconselhou a procurar o
senhor Enéas Cavalcante aqui no sítio Jenipapeiro.
Papai há cavalo não media
distancia, andava léguas, veio conhecer e conversar com o Sr. Enéas, que lhe
mostrou a propriedade, muito rica, muito gado, muito algodão, arroz, feijão
milho. Lá no tanque, papai se arremediava com uma criação de boda, mas lá as
coisas eram muito difíceis. Papai viu aqui novas oportunidades para a família,
aqui tinha as águas do Orós, muito leite, muito peixe, muita fartura, trabalho
para todos nós. O senhor Enéas Cavalcante mandou um carro buscar toda nossa
família e aqui ficamos.
Só lá no inicio dos anos 80 é que
papai foi morar no Cruiri, na propriedade do filho do seu Enéas, o Didiê
Cavalcante, faleceu ali no dia 30 de junho do ano de 2006, aos 80 anos. Mas não
havia ser humano mais servidor do que ele, o senhor me acredita, quando adoecia
alguém nos arredores, batiam logo na casa de papai, buscando sua ajuda, era ele
que vinha a cavalo para a rua, passava a noite em fila para garantir a consulta
médica do doente, só pedia para mandarem alguém cedinho, para ele não perder a
luta no curral, mas nunca cobrou nada por isto. Muito apreciador da vaquejada e
de cantorias, às quatro horas da manhã o rádio já estava ligado. Quando morreu
eu não recordo o número de netos, mas hoje, seu sangue está nas veias de 31
netos e 26 bisnetos.
Legitimo de Braga
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