Troféu Anteu
Ao gigante filho da
terra
Apoio:
Secretaria do Meio
Ambiente e Urbanismo – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Cultura
e Turismo – Lucinha Felipe
Secretaria de
Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto
Lions Clube
Centenário João Alves Bezerra
Associação dos idosos
de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo
tempo
Secretaria de
Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA) – AGROPOLOS – De Assis
Diniz.
Sítio São José
“Desse modo Davi venceu
o temido guerreiro filisteu com uma atiradeira e uma pedra de riacho; sem
espada na mão derrubou o grande filisteu e o matou”
Samuel 17:50
Francisco Bastos Barboza, nasceu dia 16 de Março de 1942,
filho do casal Luiz Barboza do Nascimento e Creuza Bastos de Oliveira, numa
prole de 7 irmãos, João (In memoria), Francisco (In Memoria), Luiz (In
Memoria), José Barboza e Ana Bastos(Santaninha).
Meu pai chegou aqui
no Sítio São José em 1930, e arrendou
esta propriedade que pertencia a um cidadão de Várzea Alegre por nome de Neco
da Costa, papai trabalhava nas terras de Benvenuto Mendonça e através do
conhecimento deste, conseguiu primeiramente arrendar esta propriedade, no ano
de 1940 comprou de papel passado e casou no mesmo ano com minha mãe que era
natural do sítio Laranjeira da família Bastos de Oliveira. Morei 29 anos com
meu pai no sítio São José. Na minha infância morávamos numa casa de taipa, mas
mesmo assim achávamos bom, porque
naquela época você dormia numa rede armada no alpendre e não havia perigo de
nada. Hoje você dorme trancado e assombrado.
Quando anoitecia
fazíamos uma fogueira no terreiro ai juntava toda a família e alguns amigos e
íamos contar historias de assombração, brincar de esconder, de toca, na lua
cheia ninguém saia de casa, com medo do cachorro doido e até de raposa. Dia de
sábado papai vinha para o Iguatu, ai tínhamos uma folga, íamos para a mata
caçar Cupira, Inchu,Inchuir, para comer o mel. Minha mãe era costureira, além
de nossas roupas, também ganhava um dinheirinho costurando pra fora. Papai
tinha uma criação de aproximadamente 30 cabeças de gado tínhamos o queijo, a
coalhada, na época da seca diminuía, por
que sempre morria algumas. Plantávamos o milho, o feijão, a fava, tinha uma
baixa onde se plantava o arroz pro consumo de casa, era pouco, mas a nossa
maior lavoura sempre foi o algodão mocó. Em 1971 papai vendeu o terreno a Abel
de Souza, filho de Souza Bernardes, e veio embora pro Iguatu, deixou-se iludir
com essa historia de cidade. Na graça de Deus, cinco anos depois, o Abel
resolveu vender o terreno e me procurou, eu busquei o banco do Brasil fiz o
empréstimo e comprei o terreno que tinha sido do meu pai e onde eu havia
crescido. Quero dizer que eu quase fico doido quando fiquei longe da terra, tem
um ditado que diz: Quem troca seus bens por cobre fica pobre e quem banca rico
sem poder fica pobre sem querer.
Casei-me no dia 11 de Outubro de 1972, na
igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Prado e fui morar com minha
mulher Josefa Amorim Barbosa no sítio Bravo, trabalhando arrendado nas terras
dos outros, três por uma, sem nada, numa casa vizinha a de meu sogro. Isto foi
bom, para você saber quando possuir, conservar, você só sabe o que é bom quando
perde.
No ano de 1976 nasceu minha primeira filha
Anicleuma Amorim Barbosa, o Francisco Claudene Bastos Amorim nasceu no dia 03
de Julho de 1980 e eu me decidi a dar uma boa educação aos meus filhos, no ano
de 1988, comprei uma casinha na Rua 27 de Novembro e minha esposa Zefinha ficou
com a obrigação de cuidar destes aqui na rua, no mesmo período comprei uma
bicicleta, no período de 13 anos, notei todas as viagens que dei do Sítio São
José para ver minha família aqui na rua, foram 1.264 viagens, sendo o percurso de 20 km, contando
com a ida e a volta, 40km. Mas, hoje me sinto recompensado, graças a Deus meus
filhos tem um bom emprego, são formados, construíram suas famílias e nunca nos
deram nenhum desgosto como a gente tem visto muitos filhos crucificando os pais
por causa da Bebida e ate das Drogas.
Naquela época, quando
a seca vinha, cavávamos um bebedouro no
riacho dos defuntos e dávamos de beber ao gado. Nosso único açude era o do
paredão, que tirava a seca toda, não tenho lembrança de tê-lo visto seco na
minha juventude, só me recordo dele seco
agora em 1993 e 2018. Agora as chuvas são finas, os invernos curtos.
Considero-me um
Homem livre, por que criei minha família, tenho onde morar, não tenho vicio
nenhum, não bebo, não jogo, nem tenho nenhum intrigado. Sou Feliz! Graças a
Deus! Agora a Zefinha estar com um problema de doença, isto é coisa da vida,
mas ela estar bem. Mas vale um pobre
conformado do que um rico desesperado.
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