21 de nov. de 2018




Troféu  Anteu
Ao gigante filho da terra
Apoio:
Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Cultura e Turismo – Lucinha Felipe
Secretaria de Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto
Lions Clube Centenário João Alves Bezerra
Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo
Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA) – AGROPOLOS – De Assis Diniz.



Sítio São José

“Desse modo Davi venceu o temido guerreiro filisteu com uma atiradeira e uma pedra de riacho; sem espada na mão derrubou o grande filisteu e o matou”
Samuel 17:50 



Francisco Bastos Barboza, nasceu dia 16 de Março de 1942, filho do casal Luiz Barboza do Nascimento e Creuza Bastos de Oliveira, numa prole de 7 irmãos, João (In memoria), Francisco (In Memoria), Luiz (In Memoria), José Barboza  e  Ana Bastos(Santaninha).
 Meu pai chegou aqui no Sítio São José  em 1930, e arrendou esta propriedade que pertencia a um cidadão de Várzea Alegre por nome de Neco da Costa, papai trabalhava nas terras de Benvenuto Mendonça e através do conhecimento deste, conseguiu primeiramente arrendar esta propriedade, no ano de 1940 comprou de papel passado e casou no mesmo ano com minha mãe que era natural do sítio Laranjeira da família Bastos de Oliveira. Morei 29 anos com meu pai no sítio São José. Na minha infância morávamos numa casa de taipa, mas mesmo assim achávamos  bom, porque naquela época você dormia numa rede armada no alpendre e não havia perigo de nada. Hoje você dorme trancado e assombrado.
 Quando anoitecia fazíamos uma fogueira no terreiro ai juntava toda a família e alguns amigos e íamos contar historias de assombração, brincar de esconder, de toca, na lua cheia ninguém saia de casa, com medo do cachorro doido e até de raposa. Dia de sábado papai vinha para o Iguatu, ai tínhamos uma folga, íamos para a mata caçar Cupira, Inchu,Inchuir, para comer o mel. Minha mãe era costureira, além de nossas roupas, também ganhava um dinheirinho costurando pra fora. Papai tinha uma criação de aproximadamente 30 cabeças de gado tínhamos o queijo, a coalhada, na época da seca  diminuía, por que sempre morria algumas. Plantávamos o milho, o feijão, a fava, tinha uma baixa onde se plantava o arroz pro consumo de casa, era pouco, mas a nossa maior lavoura sempre foi o algodão mocó. Em 1971 papai vendeu o terreno a Abel de Souza, filho de Souza Bernardes, e veio embora pro Iguatu, deixou-se iludir com essa historia de cidade. Na graça de Deus, cinco anos depois, o Abel resolveu vender o terreno e me procurou, eu busquei o banco do Brasil fiz o empréstimo e comprei o terreno que tinha sido do meu pai e onde eu havia crescido. Quero dizer que eu quase fico doido quando fiquei longe da terra, tem um ditado que diz: Quem troca seus bens por cobre fica pobre e quem banca rico sem poder fica pobre sem querer.
  Casei-me no dia 11 de Outubro de 1972, na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Prado e fui morar com minha mulher Josefa Amorim Barbosa no sítio Bravo, trabalhando arrendado nas terras dos outros, três por uma, sem nada, numa casa vizinha a de meu sogro. Isto foi bom, para você saber quando possuir, conservar, você só sabe o que é bom quando perde.
  No ano de 1976 nasceu minha primeira filha Anicleuma Amorim Barbosa, o Francisco Claudene Bastos Amorim nasceu no dia 03 de Julho de 1980 e eu me decidi a dar uma boa educação aos meus filhos, no ano de 1988, comprei uma casinha na Rua 27 de Novembro e minha esposa Zefinha ficou com a obrigação de cuidar destes aqui na rua, no mesmo período comprei uma bicicleta, no período de 13 anos, notei todas as viagens que dei do Sítio São José para ver minha família aqui na rua, foram 1.264  viagens, sendo o percurso de 20 km, contando com a ida e a volta, 40km. Mas, hoje me sinto recompensado, graças a Deus meus filhos tem um bom emprego, são formados, construíram suas famílias e nunca nos deram nenhum desgosto como a gente tem visto muitos filhos crucificando os pais por causa da Bebida e ate das Drogas.
 Naquela época, quando a seca vinha, cavávamos  um bebedouro no riacho dos defuntos e dávamos de beber ao gado. Nosso único açude era o do paredão, que tirava a seca toda, não tenho lembrança de tê-lo visto seco na minha juventude, só me recordo dele  seco agora em 1993 e 2018. Agora as chuvas são finas, os invernos curtos.
  Considero-me um Homem livre, por que criei minha família, tenho onde morar, não tenho vicio nenhum, não bebo, não jogo, nem tenho nenhum intrigado. Sou Feliz! Graças a Deus! Agora a Zefinha estar com um problema de doença, isto é coisa da vida, mas ela estar  bem. Mas vale um pobre conformado do que um rico desesperado. 

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