Troféu Anteu
Ao gigante filho da terra.
Apoio:
Secretaria do meio ambiente e urbanismo – Dr. Marcos Ageu.
Secretaria de cultura e turismo – Lucinha Felipe.
Secretaria de agricultura e pecuária.
LIONS Clube centenário João Alves bezerra.
Associação dos idosos de santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo.
Sitio Amapá.
“ Disse-me ainda; Estar feito. Eu sou o alfa e o ômega, o principio e o fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. ( Apocalipse C21.6 )
Vaqueiro Antônio Vidal de Souza, nasceu a 03 de maio de 1939, no sitio catingueira, município do Saboeiro, filho do casal Joaquim Vidal de Souza e Josefa Maria de Jesus, tendo um irmão o João Vidal.
No ano de 1953 minha mãe já havia falecido e meu pai decidiu vim morar no Iguatu, na região do sitio tanque, onde morava uma irmã sua, a tia Cicília, papai sofria de tuberculose e precisava de cuidados, morreu pouco tempo depois, ficando eu e meu irmão João aos cuidados da tia Cicília e do seu marido o Raimundo Pompeu. Um dia durante uma pescaria na lagoa do barro Alto, por causa de um pequeno erro meu, que deixei fugir um peixe, ele me humilhou e quase me matou afogado na lama da lagoa. Voltei de lá a pé para o sitio Tanque e disse a minha tia:
_ Faça a minha trouxa que eu vou-me embora.
_ Mas o que foi que aconteceu!?
_ O Raimundo Pompeu me humilhou me bateu e quase me afogou na lama.
_ Não! Vou conversar com ele, você não vai embora.
_ Tia, se eu ver ele de novo, eu mato ele.
Saí pelo mundo sem destino, nesta viagem encontrei-me com um cidadão montado a cavalo que tangia um garrote no rumo do Cariús, e me perguntou para onde eu ia:
_Vou sem destino, se eu achar alguém que possa pagar um dia de serviço, então, vou trabalhar.
_Pois você quer me ajudar a deixar este garrote lá no cipó dos Vicentes?
Era três léguas do Carius pra lá, fui a pé. Na volta, tangendo duas vacas com bezerros que ele adquiriu por lá, comprou na feira do Carius um chapéu de palha e uma alpercata de couro, coisa simples, mas foi a primeira coisa que calcei na vida.e já tinha meus 14 anos. Quando chegamos no Iguatu me convidou para morar no seu terreno na Varjota, chamava-se Zé Rosa, era tangerino, vivia de tanger boiadas, que deixavam sob sua responsabilidade para os mercados. Fui muitas vezes a pé com ele montado a cavalo, tangendo boiadas de 50, 60 e ate 100 bois para Fortaleza. Quando o gado aumentava, aumentava também os vaqueiros, passei 8 anos nesta luta com ele, foi um pai para mim, aprendi tudo na arte do vaqueiro com ele. Nesta época já tinha 22 anos e decidi deixar aquela vida de gado, fui procurar meu irmão que já tinha sua mulher e sua casa aqui no Amapá, mas passei muito pouco tempo aqui, fui trabalhar de servente de pedreiro no Cedro, lá conheci o Sr. Barroso que me procurou e me contratou para deixar uma boiada dele no Pombal, na Paraíba, 80 cabeças de gado, foi eu e outro vaqueiro, passei um ano trabalhando com ele no Cedro, tangendo boiadas, depois voltei ao Amapá. Nesta época fui procurado pelo Sr. Roseli Leal, me convidando para tomar conta de uma fazenda sua no São Paulinho, passei mais três anos lá, ai decidi voltar para o Amapá, havia decidido casar com uma namorada que eu havia deixado aqui, Maria Pereira de Souza, era o ano de 1966, casei com ela na catedral de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. Neste tempo arrendei o terreno de Moises Rolim, aqui próximo, no Cardoso III e fui trabalhar na agricultura, dormir toda noite em casa, nasceram 9 filhos e se criaram 5, José Vidal, Chico Vidal, Antônio Eudes, Francilene e Helena, passei oito anos trabalhando a terra, na lavoura, só sai do terreno quando o Moises Rolim resolveu vende-lo. Nesta época ocorreu uma enchente muito grande que destruiu minha casa, ficamos num serrote atrepado que nem boi, na cas de um e de outro, não tinha canto certo. Então recebi um recado para ir conversar com Dona Fransquinha Braga Couras, aqui no seu terreno, onde ela me fez esta proposta:
_ Seu Antônio eu mandei lhe chamar para o senhor tomar de conta de minhas vaquinhas e do terreno.
Dona Fransquinha, eu não posso, eu tenho que construir minha casa.
_ Não! O senhor não precisa fazer casa, eu tenho uma casa onde o senhor morar com sua família, tenho o leite dos seus filhos e tenho terra para você plantar sem pagar renda.
No ano de 1953 minha mãe já havia falecido e meu pai decidiu vim morar no Iguatu, na região do sitio tanque, onde morava uma irmã sua, a tia Cicília, papai sofria de tuberculose e precisava de cuidados, morreu pouco tempo depois, ficando eu e meu irmão João aos cuidados da tia Cicília e do seu marido o Raimundo Pompeu. Um dia durante uma pescaria na lagoa do barro Alto, por causa de um pequeno erro meu, que deixei fugir um peixe, ele me humilhou e quase me matou afogado na lama da lagoa. Voltei de lá a pé para o sitio Tanque e disse a minha tia:
_ Faça a minha trouxa que eu vou-me embora.
_ Mas o que foi que aconteceu!?
_ O Raimundo Pompeu me humilhou me bateu e quase me afogou na lama.
_ Não! Vou conversar com ele, você não vai embora.
_ Tia, se eu ver ele de novo, eu mato ele.
Saí pelo mundo sem destino, nesta viagem encontrei-me com um cidadão montado a cavalo que tangia um garrote no rumo do Cariús, e me perguntou para onde eu ia:
_Vou sem destino, se eu achar alguém que possa pagar um dia de serviço, então, vou trabalhar.
_Pois você quer me ajudar a deixar este garrote lá no cipó dos Vicentes?
Era três léguas do Carius pra lá, fui a pé. Na volta, tangendo duas vacas com bezerros que ele adquiriu por lá, comprou na feira do Carius um chapéu de palha e uma alpercata de couro, coisa simples, mas foi a primeira coisa que calcei na vida.e já tinha meus 14 anos. Quando chegamos no Iguatu me convidou para morar no seu terreno na Varjota, chamava-se Zé Rosa, era tangerino, vivia de tanger boiadas, que deixavam sob sua responsabilidade para os mercados. Fui muitas vezes a pé com ele montado a cavalo, tangendo boiadas de 50, 60 e ate 100 bois para Fortaleza. Quando o gado aumentava, aumentava também os vaqueiros, passei 8 anos nesta luta com ele, foi um pai para mim, aprendi tudo na arte do vaqueiro com ele. Nesta época já tinha 22 anos e decidi deixar aquela vida de gado, fui procurar meu irmão que já tinha sua mulher e sua casa aqui no Amapá, mas passei muito pouco tempo aqui, fui trabalhar de servente de pedreiro no Cedro, lá conheci o Sr. Barroso que me procurou e me contratou para deixar uma boiada dele no Pombal, na Paraíba, 80 cabeças de gado, foi eu e outro vaqueiro, passei um ano trabalhando com ele no Cedro, tangendo boiadas, depois voltei ao Amapá. Nesta época fui procurado pelo Sr. Roseli Leal, me convidando para tomar conta de uma fazenda sua no São Paulinho, passei mais três anos lá, ai decidi voltar para o Amapá, havia decidido casar com uma namorada que eu havia deixado aqui, Maria Pereira de Souza, era o ano de 1966, casei com ela na catedral de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. Neste tempo arrendei o terreno de Moises Rolim, aqui próximo, no Cardoso III e fui trabalhar na agricultura, dormir toda noite em casa, nasceram 9 filhos e se criaram 5, José Vidal, Chico Vidal, Antônio Eudes, Francilene e Helena, passei oito anos trabalhando a terra, na lavoura, só sai do terreno quando o Moises Rolim resolveu vende-lo. Nesta época ocorreu uma enchente muito grande que destruiu minha casa, ficamos num serrote atrepado que nem boi, na cas de um e de outro, não tinha canto certo. Então recebi um recado para ir conversar com Dona Fransquinha Braga Couras, aqui no seu terreno, onde ela me fez esta proposta:
_ Seu Antônio eu mandei lhe chamar para o senhor tomar de conta de minhas vaquinhas e do terreno.
Dona Fransquinha, eu não posso, eu tenho que construir minha casa.
_ Não! O senhor não precisa fazer casa, eu tenho uma casa onde o senhor morar com sua família, tenho o leite dos seus filhos e tenho terra para você plantar sem pagar renda.
Depois que cheguei aqui nesta casa, graças a Deus, nunca mais me faltou nada. Eu planto milho, feijão, jerimum e melancia, sempre quando ela viva lhe levava um pouco, não levava muito, não vou mentir, mas, ela não queria mesmo, fazia era me dar. Aceitava o milho verde, na espiga, para fazer pamonha e levar para os filhos na rua, era minha mãe.
Do meu segundo casamento com a Maria Gilca Rufino, tenho um casal de filhos, a Alice e o Joaquim, estes já me deram quatro netos, o Wesley, o Welton, a Jozivania e o Luís Felipe. Sou um homem livre e desimpedido, pois não tenho má querência com ninguém, nunca matei, nunca roubei, só não sou livre de mulher, porque tenho que cuidar desta daqui, das minhas filhas e das minhas netas. Graças a Deus me considero um homem feliz! Porque se eu estiver doente é porque Deus quer, se eu estiver sadio é porque Deus quer. Agora mesmo, estou aqui com esta clavícula quebrada, esperando uma solução dos médicos no Iguatu, para operar, mas tudo com a permissão de Deus, portanto sou feliz.
Do meu segundo casamento com a Maria Gilca Rufino, tenho um casal de filhos, a Alice e o Joaquim, estes já me deram quatro netos, o Wesley, o Welton, a Jozivania e o Luís Felipe. Sou um homem livre e desimpedido, pois não tenho má querência com ninguém, nunca matei, nunca roubei, só não sou livre de mulher, porque tenho que cuidar desta daqui, das minhas filhas e das minhas netas. Graças a Deus me considero um homem feliz! Porque se eu estiver doente é porque Deus quer, se eu estiver sadio é porque Deus quer. Agora mesmo, estou aqui com esta clavícula quebrada, esperando uma solução dos médicos no Iguatu, para operar, mas tudo com a permissão de Deus, portanto sou feliz.
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