LEGITIMO DE BRAGA
Troféu Anteu
Aos gigantes filhos da terra.
Apoio:
Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto.
Secretaria de Cultura e Turismo – Lucinha Felipe.
LIONS Clube Centenário João Alves Bezerra.
Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo.
Troféu Anteu
Aos gigantes filhos da terra.
Apoio:
Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto.
Secretaria de Cultura e Turismo – Lucinha Felipe.
LIONS Clube Centenário João Alves Bezerra.
Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo.
Sitio Piripiri
Amadeu Bernardes Pereira, nascido a 08 de março de 1934, filho do casal José Bernardes Pereira e Sebastiana Maria da Conceição, numa prole de 12 irmãos.
Eu nasci no sitio Oitizeiro, no município do Cariús, dos meus irmãos só se criaram 6.Meu pai me ensinou a trabalhar na roça, outra coisa não aprendi, porque as escolas eram difíceis, escola era a três léguas e meia de distância, no Cariús, só pra quem pagava e nós não tínhamos umjumento.Com idade de 7 anos ele me ensinou a plantar, duas sementes de feijão de corda, feijão verdadeiro, ele cavava as covas e eu ia colocando as sementes, um outro irmão mais velho vinha jogando 4 sementes de milho e cobrindo as covas com os pés. Aos 9 anos ele ajeitou uma enxadinha para eu limpar uma baixa de arroz, dos 10 para os 12 anos eu já estava ao seu lado com uma enxada na mão dentro da roça, ele limpava uma carreira, o meu irmão maior José Bernardes tirava outra, e eu ficava no meio tirando a minha, mas para eu não ficar para traz, de vez enquanto um deles ajudava na minha linha. Eu nunca estudei, nunca fui na escola um dia, agora na roça, fui criado dentro. Na seca de 1952, meu pai era vivo, eu não tenho lembrança de sofrimento. Mas, na seca de 1958 eu já era o responsável pela casa, ainda morávamos no oitizeiro, no terreno de Moacir Leal, plantei 4 tarefas de milho e feijão perdi tudo, no verão fui plantar uma vazante de arroz, o açude era grande e garantia a aguação, cavávamos um bojo, pegava uma lata de querosene e ia tombar água, era um serviço difícil, cansativo, mas estive muito perto de tirar uma boa safra de arroz prata, faltava uma semana para começar a apanha, na noite de 24 de Dezembro de 1958, caiu uma chuva muito grande, no local onde plantei a vazante ficou cobrindo um homem de mãos pra cima, um diluvio, fez muito medo a gente, além da queda, coice. Enquanto possui meu pai, minha vida era boa, se eu fosse trabalhar uma diária, o patrão me pagava e eu entregava o dinheiro todinho a ele. Agora, quando queria ir um samba pedia o dinheiro a ele. Eu morei com meu pai até os 19 anos, quando ele morreu, fiquei com a responsabilidade de dono da casa, era o ano de 1953, na época era eu, minha mãe e uma irmã por nome de Cícera que saiu de casa quando casou em 1960. Fiquei com a responsabilidade sobre minha mãe, cuidei dela até a data de sua morte em 1965, ela se lastimava, tinha medo de ficar sozinha, só casei depois de sua morte. No ano de 1964 o pessoal lá falava que no Iguatu a safra de algodão era muito grande, viemos de lá para ganhar o dinheiro, apanhando o algodão. Primeiramente nos firmamos no Croata, durante 3 anos moramos lá, lá conheci minha futura esposa, hoje mãe dos meus filhos Francisco, José, Cícero, Luiz, Eguinaldo, Celma, Auzeneide e Aparecida, outros 2 morreram novinho, depois mudamos para o Piripiri, aqui me estabeleci e criei meus filhos, eles nunca me deram desgosto, foram criados trabalhando na roça, mas, todos tiveram oportunidades de estudar. Só tenho 1 que continua na luta com os animais e também planta um pouquinho é o José Edio, os outros estão em São Paulo, alguns no Iguatu. Agora em outubro completamos 53 anos de casados, graças a Deus, na idade que tenho ainda me bulo, ainda planto um lastro de feijão, me considero um Homem feliz. Sofri muito em mãos de patrão, peguei uns anos atravessados, mas hoje moro em cima do que é meu, planto arrendado, mas sou um Homem livre, tenho minha aposentadoria e posso contar com a aposentadoria de minha mulher. O cara na velhice já estar sabendo que os dias são poucos, mas estou sossegado. Graças a Deus
Amadeu Bernardes Pereira, nascido a 08 de março de 1934, filho do casal José Bernardes Pereira e Sebastiana Maria da Conceição, numa prole de 12 irmãos.
Eu nasci no sitio Oitizeiro, no município do Cariús, dos meus irmãos só se criaram 6.Meu pai me ensinou a trabalhar na roça, outra coisa não aprendi, porque as escolas eram difíceis, escola era a três léguas e meia de distância, no Cariús, só pra quem pagava e nós não tínhamos umjumento.Com idade de 7 anos ele me ensinou a plantar, duas sementes de feijão de corda, feijão verdadeiro, ele cavava as covas e eu ia colocando as sementes, um outro irmão mais velho vinha jogando 4 sementes de milho e cobrindo as covas com os pés. Aos 9 anos ele ajeitou uma enxadinha para eu limpar uma baixa de arroz, dos 10 para os 12 anos eu já estava ao seu lado com uma enxada na mão dentro da roça, ele limpava uma carreira, o meu irmão maior José Bernardes tirava outra, e eu ficava no meio tirando a minha, mas para eu não ficar para traz, de vez enquanto um deles ajudava na minha linha. Eu nunca estudei, nunca fui na escola um dia, agora na roça, fui criado dentro. Na seca de 1952, meu pai era vivo, eu não tenho lembrança de sofrimento. Mas, na seca de 1958 eu já era o responsável pela casa, ainda morávamos no oitizeiro, no terreno de Moacir Leal, plantei 4 tarefas de milho e feijão perdi tudo, no verão fui plantar uma vazante de arroz, o açude era grande e garantia a aguação, cavávamos um bojo, pegava uma lata de querosene e ia tombar água, era um serviço difícil, cansativo, mas estive muito perto de tirar uma boa safra de arroz prata, faltava uma semana para começar a apanha, na noite de 24 de Dezembro de 1958, caiu uma chuva muito grande, no local onde plantei a vazante ficou cobrindo um homem de mãos pra cima, um diluvio, fez muito medo a gente, além da queda, coice. Enquanto possui meu pai, minha vida era boa, se eu fosse trabalhar uma diária, o patrão me pagava e eu entregava o dinheiro todinho a ele. Agora, quando queria ir um samba pedia o dinheiro a ele. Eu morei com meu pai até os 19 anos, quando ele morreu, fiquei com a responsabilidade de dono da casa, era o ano de 1953, na época era eu, minha mãe e uma irmã por nome de Cícera que saiu de casa quando casou em 1960. Fiquei com a responsabilidade sobre minha mãe, cuidei dela até a data de sua morte em 1965, ela se lastimava, tinha medo de ficar sozinha, só casei depois de sua morte. No ano de 1964 o pessoal lá falava que no Iguatu a safra de algodão era muito grande, viemos de lá para ganhar o dinheiro, apanhando o algodão. Primeiramente nos firmamos no Croata, durante 3 anos moramos lá, lá conheci minha futura esposa, hoje mãe dos meus filhos Francisco, José, Cícero, Luiz, Eguinaldo, Celma, Auzeneide e Aparecida, outros 2 morreram novinho, depois mudamos para o Piripiri, aqui me estabeleci e criei meus filhos, eles nunca me deram desgosto, foram criados trabalhando na roça, mas, todos tiveram oportunidades de estudar. Só tenho 1 que continua na luta com os animais e também planta um pouquinho é o José Edio, os outros estão em São Paulo, alguns no Iguatu. Agora em outubro completamos 53 anos de casados, graças a Deus, na idade que tenho ainda me bulo, ainda planto um lastro de feijão, me considero um Homem feliz. Sofri muito em mãos de patrão, peguei uns anos atravessados, mas hoje moro em cima do que é meu, planto arrendado, mas sou um Homem livre, tenho minha aposentadoria e posso contar com a aposentadoria de minha mulher. O cara na velhice já estar sabendo que os dias são poucos, mas estou sossegado. Graças a Deus
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