O mensalão e a ética

23 de out. de 2013

Legítimo de Braga
Do alto... da chapada
        O mensalão e a ética

“Para apreciar equitativamente o delito do indigente, deve o juiz por um instante, esquecer o bem-estar de que desfruta a fim de se identificar tanto quanto possível com a situação lamentável de um ser abandonado por todos”


Conta o marechal Rondon, que em suas excursões pelo sertão a dentro encontrou no interior do Goiás, uma região em que o bócio (papo) era tão comum que as pessoas vistas sem este eram tidas como anormais. E é esta historia que me vem a memória, quando ouço tanto moralão, que nos últimos meses tem usado a mídia nacional para nos dar lições de ética, de moral, tentando jogar o povo brasileiro contra o governo petista e mais grave ainda contra o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL STF, tanto papo, tanto papo, que parece sermos, a nação brasileira, um bastião de moral. No pais da pasta rosa, dos anões do orçamento, do Severino Cavalcante, do Congresso Nacional vergado ao preço do ouro, para votar um segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), fica difícil encontrar no meio de tantos, um só moralão bom de papo em quem nos fiar.
Ainda no ano de 1860, aconteceu um celebre tiroteio que deixou o triste saldo de 14 mortos e mais de trinta feridos, dentro da igreja matriz de senhora Santana, na antiga vila da telha, hoje Iguatu. Era um dia de eleição onde se escolheria os nossos vereadores e o juiz de paz, quando um desentendimento político fez os ânimos se exaltarem. Depois de um tiro, onde caiu morto o Sr. Domingos Felix Teixeira, Vereador e líder político do Partido Liberal local, seu filho marchou incólume e feriu mortalmente o chefe do Partido Conservador local, o também vereador e capitão Alexandre José Cavalcante.
Canta melhor os nossos costumes políticos, o repente do poeta:

   “Mata fresca ta de luto bom Jesus do sentimento (Quixêlo) Iguatu a porta aberta o Gouveia andando dentro.”

“Na mata fresca o Pedroca numa toca, canta sereia nas contendas o velho Zequinha, no Iguatu, Dr. Gouveia.”
  
No cantar da sereia, a arte de iludir usada por todos os políticos em todos os tempos. Conta Humberto de Campos, que quando a águia Romana era senhora do mundo, o seu exército caiu vencido em uma nação estrangeira. Dez mil dos seus soldados feitos prisioneiros, iriam ser passados a fio de espada. Quando alguém entre os vitoriosos lembrou:
- Proceder assim seria comprar o ódio eterno de Roma. Sejamos razoáveis, Tiremos dez dos seus maiores e os mandemos em embaixada a Roma, com a seguinte proposta: Se Roma pagar nossas despesas de guerra em ouro e nos prometer a paz, dez mil pais de famílias, dez mil soldados, dez mil cidadãos romanos, dez mil patrícios voltaram para seus lares com vida.
O Senado Romano se reuniu, confabulou e decidiu que:  Para o soldado romano só existia dois caminhos ou a vitória ou a morte.
Elogiem outros, os políticos romanos e a decisão tomada por seus senadores. Eu aplaudo o jovem Iguatuence que agiu ali, no átrio de Santana, vingando seu pai.
 Depois de me lembrar que o nosso direito nasceu em Roma, segundo contou-me o meu professor e amigo Dr. Edson Gouveia, na minha oitava série ginasial, fico com o sangue tapuia dos nossos primeiros habitantes, que ainda corre firme em nossas veias. Por isso parabenizo o ex-presidente Lula, a nossa atual presidente da República Dilma Rousseff e a todos os demais petistas que de uma maneira ou de outra, torceram, interferiram para que o resultado do STF fosse favorável a valentes como José Dirceu e Jenuino.


                                    “Pai dos que tu me deste, eu não perdi nenhum.”

Tenho Dito
Cícero Correia Lima
Secretario do meio ambiente do Partido dos Trabalhadores



PED 2013, CHAPA 680

PRESIDENTE: PROFESSOR BRAULIO GOMES 

0 comentários:

Postar um comentário