Legítimo de Braga
Do alto... da
chapada
O
mensalão e a ética
“Para apreciar equitativamente o
delito do indigente, deve o juiz por um instante, esquecer o bem-estar de que
desfruta a fim de se identificar tanto quanto possível com a situação
lamentável de um ser abandonado por todos”
Conta o marechal Rondon, que em suas excursões pelo sertão a dentro
encontrou no interior do Goiás, uma região em que o bócio (papo) era tão comum
que as pessoas vistas sem este eram tidas como anormais. E é esta historia
que me vem a memória, quando ouço tanto moralão, que nos últimos meses tem
usado a mídia nacional para nos dar lições de ética, de moral, tentando jogar o
povo brasileiro contra o governo petista e mais grave ainda contra o SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL STF, tanto papo, tanto papo, que parece sermos, a nação brasileira, um
bastião de moral. No pais da pasta rosa, dos anões do orçamento, do Severino Cavalcante,
do Congresso Nacional vergado ao preço do ouro, para votar um segundo mandato
de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), fica difícil encontrar no meio de tantos,
um só moralão bom de papo em quem nos fiar.
Ainda no ano de 1860, aconteceu um celebre tiroteio que deixou o triste
saldo de 14 mortos e mais de trinta feridos, dentro da igreja matriz de senhora
Santana, na antiga vila da telha, hoje Iguatu. Era um dia de eleição onde se
escolheria os nossos vereadores e o juiz de paz, quando um desentendimento
político fez os ânimos se exaltarem. Depois de um tiro, onde caiu morto o Sr.
Domingos Felix Teixeira, Vereador e líder político do Partido Liberal local,
seu filho marchou incólume e feriu mortalmente o chefe do Partido Conservador
local, o também vereador e capitão Alexandre José Cavalcante.
Canta melhor os nossos costumes políticos, o repente do poeta:
“Mata fresca ta de luto bom Jesus do sentimento (Quixêlo)
Iguatu a porta aberta o Gouveia andando dentro.”
“Na mata fresca o Pedroca numa toca, canta sereia nas contendas o velho
Zequinha, no Iguatu, Dr. Gouveia.”
No cantar da sereia, a arte de iludir usada por todos os políticos em
todos os tempos. Conta Humberto de Campos, que quando a águia Romana era senhora
do mundo, o seu exército caiu vencido em uma nação estrangeira. Dez mil dos
seus soldados feitos prisioneiros, iriam ser passados a fio de espada. Quando
alguém entre os vitoriosos lembrou:
- Proceder assim seria comprar o ódio eterno de Roma. Sejamos razoáveis,
Tiremos dez dos seus maiores e os mandemos em embaixada a Roma, com a seguinte proposta:
Se Roma pagar nossas despesas de guerra em ouro e nos prometer a paz, dez mil
pais de famílias, dez mil soldados, dez mil cidadãos romanos, dez mil patrícios
voltaram para seus lares com vida.
O Senado Romano se reuniu, confabulou e decidiu que: Para o
soldado romano só existia dois caminhos ou a vitória ou a morte.
Elogiem outros, os políticos romanos e a decisão tomada por seus senadores.
Eu aplaudo o jovem Iguatuence que agiu ali, no átrio de Santana, vingando seu
pai.
Depois de me lembrar que o nosso
direito nasceu em Roma, segundo contou-me o meu professor e amigo Dr. Edson
Gouveia, na minha oitava série ginasial, fico com o sangue tapuia dos nossos
primeiros habitantes, que ainda corre firme em nossas veias. Por isso
parabenizo o ex-presidente Lula, a nossa atual presidente da República Dilma Rousseff e
a todos os demais petistas que de uma maneira ou de outra, torceram, interferiram
para que o resultado do STF fosse favorável a valentes como José
Dirceu e Jenuino.
“Pai dos que tu me deste, eu não perdi nenhum.”
Tenho Dito
Cícero Correia Lima
Secretario do meio ambiente do Partido
dos Trabalhadores
PED 2013, CHAPA 680
PRESIDENTE: PROFESSOR BRAULIO GOMES
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