“ BRASIL ESPERA QUE CADA UM
CUMPRA COM SEU DEVER ''
Dever, obrigação... Maio de 2006, nossa terra
acordou espantada com um crime atroz que encheu de horror e cobriu de vergonha
e luto os iguatuenses, a carnificina da Varjota, com a execução sumaria de
nove alimarias pelo delegado de Policia Civil desta urbe, Dr. Marco Sandro.
Março de 2007, nossa terra acordou espantada
com um crime atroz que encheu de horror e cobriu de vergonha e luto os
iguatuenses, a execução sumaria de dois jovens irmãos, médicos, filhos de
Mombaça, pelo capitão de Policia Militar Daniel Gomes.
Em maio de 2006 escrevi uma crônica
intitulada CENTAURO, onde afirmava a proximidade entre o homem e o
cavalo e a monstruosidade praticada pelo delegado de policia civil, hoje sou
obrigado a comprovar a proximidade, ontem o cavalo, hoje o homem, ontem e hoje
a mesma estrada, entre a Varjota e o restaurante Wilson Grill's apenas dois km,
entre os assassinos proximidade ainda maior, ambos fazem parte dos quadros
responsáveis por nossa segurança ( quanta ironia ), ambos são graduados, estão
em postos de comando, um delegado o outro capitão. O delegado, este nós já
sabemos bem sua pena, nomeado delegado de Canindé e eleito o melhor delegado do
ano. Quanto ao capitão Daniel Gomes, só um profeta para dizer seu futuro.
Na terça-feira pela manhã, no mercado
central, entre pessoas do povo que comentavam o sinistro, perguntei a um. Na
tua opinião, quem é o culpado?
_ A bruta da cachaça.
A outro:
_ A mulher.
E outro:
_ O capitão.
Ví então o quanto é difícil praticar
a justiça, porque se condeno a cachaça, absolvo a mulher e o capitão. Se
condeno a mulher, absorvo o capitão e a cachaça e se condeno ao capitão,
absorvo a cachaça e a mulher. Preferi então ir mais fundo no problema e culpar
o Estado, ou antes as instituições falidas deste Estado, porque se o Estado
tivesse cumprido o seu dever a sua obrigação na ocasião da carnificina da
Varjota, expulsando dos quadros da Policia Civil e condenando com pena
significativa o delegado autor de crime tão covarde, teria o capitão o imitado
agora em covardia, na qual também estão próximos! Qual será a reação da
instituição Policia Militar, ao analisar o ocorrido, sabendo que ainda a pouco
mais de nove meses ( uma gestação ), um delegado de policia civil praticou
monstruosidade a altura.Não irão se interrogar: Porque começarão a exemplar com
o nosso Capitão? Porque não ontem, com o Delegado de Policia Civil? Não se
levantara ai, o tão arraigado corporativismo?
Chegam agora a minha memória versos
de Jader de carvalho no poema Terra bárbara:
Na
minha terra
O cangaceiro é leal e valente
Jura que vai matar e mata
Jura
que morre por alguém e morre.
Nestes versos, deixa o poeta
transparecer algo de muito grave, que de fato vem ocorrendo e minando as
estruturas deste Estado. A lealdade e a valentia que ele ali atribua ser do
cangaceiro, deveria existir era no coração do Delegado, no coração do Capitão.
Foram eles formados dentro de nossas instituições. O cangaceiro era pra ser vil,
covarde, traiçoeiro, eram estas as mazelas do facínora. E quem é que nós hoje
vemos de posse dessas mazelas? O Delegado Marco Sandro, O Capitão Daniel Gomes.
É preciso aqui dizer, que na verdade cangaceiro para ser leal e valente, antes
de tudo, era preciso ter sido filho, pai, irmão, marido, ofendido, espoliado,
atraiçoado, preso... por este mesmo Estado, ou não é isso que nos conta Virgulino
Ferreira da Silva '' Lampião'', que também era poeta.:
Quando mataram meu pai
Eu chamei pela
justiça
Esta não quis me escutar
Me vali de um bacamarte
Vi este me
auxiliar
No bacamarte encontrei
Leis que decidem questões
Que fazem
melhores processos
Que os melhores escrivões
Minha justiça era pura
Minha
prisão muito segura
Pois eu nunca vi de funto
Fugir de sepultura.
As diversas manifestações de
entidades em apoio a família de jovens irmãos médicos Marcelo e Leonardo Moreno
Teixeira é sobre tudo louvável, mas sem a real intenção do Estado em corrigir-se as suas instituições,voltando
a formar o homem com H maiúsculo, antes de formar o engenheiro, o professor, o
medico, o advogado temos que voltar a formar o Homem Honrado e Honesto. Temos
que formar o capitão mais o homem capitão temos que formar o delegado mais
homem delegado temos que voltar o advogado mais o homem advogado temos que ter
o prefeito, mais o heme prefeito. Para tanto é só vermos o exemplo dado pelo
rei Leônidas, com os seus 300 espartanos, em filme que esta agora sendo exibido
no Brasil com a participação de Rodrigo Santoro, exemplos de lealdade e
valentia, mas que não existiriam sem duvida se antes não tivesse o grande
estadista Licurgo decidido que, a maior gloria de Esparta seria a sua militar
grandeza.
Chegamos ao
caos social e prosseguimos na marcha é não temer a desonra, a depravação, a
destruição da família, e isto é uma loucura. Ou se fortalece a família e
através dela, e depois dela as instituições, ou tudo estará perdido, teremos
que continuar sendo vitimas destas mesmas instituições as quais por hipocrisia
entregamos os nossos filhos para serem “boi de piranha” pois todos sabemos que
não vem de hoje esses desmandos em nossa terra, o povo de Iguatu já cantava
essa musica na primeira metade do século XX
Tome cuidado
Preste atenção
Tome cuidado com
passeio no pontilhão
O tenente Alfredo
Dias
E o Chico doze
pão
Tira o povo da cadeia
Pra matar no
pontilhão
Tome cuidado
Preste atenção
Tome cuidado com
o passeio
No pontilhão
Tenho Dito
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