“Há de o tempo
revelar o que hoje encobre a discreta hipocrisia”.
O homem antigo
apreciava muito o cavalo, seu companheiro leal
desde o principio da civilização, acompanhando-o sempre como arma de
guerra, instrumento de trabalho meio de transporte ...e eventualmente para
alguns solitários as éguas se transformavam em “esposas,” daí não considerar
que sua união com o homem constituísse uma forma degradante, assim sendo, este ser
que tinha a cabeça e o tronco de um homem e o restante do corpo do cavalo é o único dos
monstros mitológicos da antiguidade ao qual era atribuídas boas qualidades.
Quiron foi o mais sábio e justo
dos centauros, recebeu lições de Apolo e Diana, tornando-se famoso por sua
habilidade na caça, medicina, musica, e arte de profecia, teve como discípulo o
próprio Hercules. Esta tão entrelaçada a marcha do homem com o cavalo na
historia da civilização, que ainda ontem um homem sem cavalo era visto com
inferioridade. Daí o meu espanto ao tomar conhecimento da carnificina ocorrida
a pouco na Varjota, com a execução sumaria de oito cavalos barbaramente
alvejados a bala, cena atroz que enche de horror a humanidade, e cobre de
vergonha e luto os iguatuenses. Em nome de que direto humano ou Divino tiraram
a vida aqueles brutos, alguns dos quais se encontravam amarrados, outros
piados, impossibilitados de uma fuga, negaram-lhes ate um tiro de misericórdia,
por isto mesmo, quem naquela manhã chegou ao iguatu pela estrada algodão
presenciou uma cena grotesca que escandalizou e consternou os olhos, pobres
bestas agonizantes davam os últimos relinchos e suspiros enquanto o sangue se
lhes fugia pelas feridas abertas. Não há, evidentemente, maior crime no
planeta, do que esse cometido em terra do Iguatu (tão famoso outrora com a
campanha do Pe.Vieira o jumento é nosso irmão) em principio murmurava o nome do
eventual criminoso temerosa, falavam em “gente graúda”. Depois a radio jornal
centro sul colocou no ar fitas com depoimentos dos donos dos animais e lá se
ouviu bem: - FOI O DELEGADO!!! Daí pra
frente uma sessão na câmara municipal dos vereadores para tratar do assunto que
contava com o clamor publico. De lá para cá os ânimos foram serenando e se
há ainda algo, deve estar queimando como
fogo em monturo. Nesta
coluna faço a minha advertência as autoridades constituídas para que façam as
investigações necessárias, que culmine com a elucidação de tal fato, como
apontamento do autor ou autores de tal carnificina para que não corram as
autoridades o risco de entrar em cheque. Caindo no descrédito do povo como conseqüência no anedotário
popular: Expedito carroceiro, vêm em sua carroça pela rua Eduardo Lavor, nas
imediações da casa Lafaiete, bem próximo ao nosso mercado central de repente o
animal estaca, acoa, não da uma passada. O carroceiro a principio da lhe
algumas chibatadas mas em vão populares começam a se aglomerar e vaiarem o
carroceiro que descendo de repente da carroça pega o animal pelas rédeas e diz
em alto e bom som:
-Vamos égua! Ta com medo do que?
O delegado não esta aqui não ele esta viajando.
Tenho Dito.
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