Troféu Anteu.
Legítimo de Braga
Ao Homem com H maiúsculo
Ao Homem Honrado
Ao Homem Honesto
Gigante, filho da terra.
Sítio Água Branca
“Falo somente por quem falo por quem existe nesses climas condicionados pelo sol, pelo gavião e outras rapinas”.
(João Cabral de Melo Neto)
Vaqueiro Ernesto Gonçalves de Pinho Neto, filho de João Ernesto de Pinho e Francisca Maria de Conceição sendo o segundo, numa linhagem de cinto irmãos.
- Comecei a lida com um gadim do José Gonçalves, no Baixio dos Ferreira, gadim pouco. Fui amansador de burro brabo, tangedor de gado para o açougue no Iguatu, os marchantes compram o gado por aqui... Vaqueiro da Sra. Anita Vieira, por muitos anos.
Eu nunca achei nada difícil em minha vida, apenas uma ferida nunca fechou no meu coração, uma viagem que eu fui com meu pai e voltei só.
Uma manhã, papai chegou e foi me dizendo:
- Ernesto, vamos montar um burro do Chicó Torquato, lá na lagoa da Porca. A tardinha, já de volta a nossa casa, eu afirmei:
- Papai, o senhor vai para casa, que eu vou cansar mais este burro!
A noite, quando cheguei em casa, perguntei:
- Mãe, cadê pai?
- Ainda não veio, não!
- Oxe!.Eu deixei ele lá na entrada do riacho da cruz. Eu volto lá!
Quando voltei, bati aquela estrada toda, ela estava escura como a alma de Judas, e não encontrei nem rastro dele. A noite foi comprida, ao amanhecer, a notícia da morte de meu pai.
Lágrimas encheram-lhe os olhos. Dei por encerado a entrevista.
Casado com Raimunda Vieira de Oliveira, tendo com esta três filhos, duas mulheres e um homem, que é todo seu orgulho, Antonio Gonçalves de Oliveira.
- O senhor é feliz?
- Sou, graças a Deus, Trabalhei muito, trabalhei direito. O homem direito meu filho, sofre. Mas sou feliz.
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