Troféu Anteu.
Ao Homem com H maiúsculo
Ao Homem Honrado
Ao Homem Honesto
Gigante, filho da terra.
Sítio Morada Nova II
“... Homem é assim! Opinioso até ali! Eu também, começando, acabo! Nem que rache !
E erguendo mais alto o copo, que brilhou como lampejo de ouro à luz do carbureto, declamou com a voz pastosa, os olhos abertos num esgar heróico:
- palmatória quebra dedo,
Chicote deixa vergão
Cacete quebra costela
Mas não quebra opinião!...”
(Rachel de Queiroz.)
Vaqueiro, José Fernandes de Oliveira, filho do casal Mariano Fernandes de Souza e Maria Dias de Oliveira, ele do sítio canafistula, ela da Água Branca. Sendo o quarto filho de uma família de oito irmãos. Casou-se em 10 de outubro de 1970, com a Sra. Maria Dias de Oliveira, sendo pai de seis filhos. Quando saio a entrevistá-lo, o pego cantando:
Gosto da vida do gado
E gado gosta de mim
Minha cama é uma cocheira
Meu cobertor é capim
- Apesar de papai me levar para roça ainda pequeno, tínhamos também umas vaquinhas e era lá que eu me encontrava, na luta com o gado. No ano de 1963, no sitio Belo Monte, um cipó de mufumbo, me derrubou do cavalo, quando tangia um garrote brabo, uma vergonta de mufumbo me pegou pela lua da cela e me jogou no chão...
O compadre Zequinha soltou o cavalo atrás do garrote, o compadre João soltou o dele atrás, soltei o meu também, mas não corri 50 braças. E um serviço pesado, arriscando, mas eu acho bom, não gosto nem de bater em rês, para mim, é o mesmo que está batendo no meu espinhaço.
Em toda parte que eu ando o povo pergunta:
- Zé Mariano, é este o meu apelido, como é que estar ai?
- É só alegria Homem, a tristeza, nos damos um coice nela.
- O senhor é feliz?
- Eu sou feliz, graças a Deus, graças a Deus até hoje, não sei de amanhã em diante.
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