Anteu III

8 de ago. de 2010

Na riqueza vivo sendo egoísta
usando o poder para atrocidade
não sou a favor que haja igualdade
por que sigo a lógica de um capitalista.

ANTEU III

Na coluna anterior, faz publicar uma crítica construtiva
endereçada a mim, ou antes, a maneira como elaborei o Troféu
Anteu, não na idéia, mas o meio como foi feito; prego a Sra Maria
Lopes Araújo, que nós temos barro suficiente para afirmar com
solidez soberana o gigante edifício de nossa formação moral, cita
na oportunidade. Gigantes de nossa literatura que poderiam terem
sidos usados como tijolos, João Cabral de Melo Neto, Raquel de
Queiroz, Lins do Rego, Moacir Lourentino, Cego Aderaldo, Lima
Barreto, Patativa do Assaré, neste instante, balizada por gigantes
me acusa; sendo o Troféu Anteu antes de mais nada a luta pela
formação do Homem com H maiúsculo, o homem honrado, o
homem honesto.

Gigante filho da terra, por que então a necessidade da argila
estrangeira? Crítica a matéria prima usada na construção da obra:
Mahatma Gandhi, Luther king e até a liga de tal barro, como a
história do pai aconselhando o filho, a mãe a fortalecer alimentar,
acalentar o seu, o levantar constante do homem que mesmo
sofrendo duras pacas, ano após ano, seja seca, seja inverno, seja
que praga for, estar sempre a se levantar, acreditando num futuro
grandioso para sua casa, como o gigante Anteu, 7 vezes caindo e 7
vezes levantando mais forte ainda, o heróico Hercules, ou o próprio
Deus Zeus.

Na pobreza mudo, faço caridade sou simples, sou meigo,
brando e acredito que, outra vida exista cultivando os frutos da
felicidade.

Só não entendi, por que ofuscou tijolos como o príncipe da
literatura portuguesa Padre Vieira, José de Alencar, Humberto de
Campos ou mesmo o nome do próprio Senhor Jesus Cristo, afirmou
ser o caminho, a verdade e a vida sendo também judeu, portanto
refugo, na visão de Mariazinha. Já eu acredito da trindade perfeita
do dizer bem, fazer bem, do Pai do Filho e do Espírito Santo.
Portanto, acredito que a verdade seja uma só, seja em qualquer
idioma, dito grego, americano, indiano, judaico ou romano uma só,
por isso fui buscar, usando as palavras da Mariazinha nas brenhas
do Iguatu, foi aqui no tão amado chão, que encontrei gigantes como
Septuagenário Meton na raposa que presenciei madrugada ainda,
com o filho e o neto a desleitar o gado ou o Sr Luis Davi dos Santos
que me confidenciou, na noite do meu casamento, sai da casa do
meu pai, para a tapera em frente, que levantei com a ajuda dele,
para a minha morada, além da mulher carregava um pouco de
farinha do café e açúcar raspava rapadura e misturava com a
farinha. No outro dia bem cedo e levava como alimento, a enfrentar
a luta grosseira. São com depoimentos como estes Luis Davi ou
ações como na do Meton, ambos do Sítio Raposa, que busco
exemplar os nosso filhos, a geração alienada, parafraseando a
nossa geração perdida; São gigantes filhos da terra como José
Gonçalves de Oliveira (Zé de retiro) O gino do baixio dos Ferreiras,
Davi e Velho ou o Francisco Barbosa de Oliveira (Nena) do Sítio
Baú, José Gomes de Oliveira apelidado de Neuzei, além de José
Fernandes de Oliveira (Zé mariano) do Sítio Morada Nova II, o
Francisco José da Silva famoso Tronco, orgulho do seu pai o Velho
Napoleão, sem faltar o Vicente Serafim, cujo o filho de 12 anos , já
campeia o gado ao seu lado no Sítio Morada Nova I, Canuto Alves
Bezerra e o Hernesto Gonçalves de Pinho Neto, na água branca,
Aderson André de Souza no Sítio Grossos, Bonfim David Freire no
Sítio Umburana, fechando com a matriarca mãe de 19 filhos do Sítio
Anfitrião, a senhora Maria Alzenir da Silveria, viúva do gigante filho
da terra, Pedro Delfino das Minas.

Como se pode vê aqui, sou extremado como o Major
Quaresma, que peitou o ditador Floriano Peixoto dizendo ter a
solução para a Pátria, bastava que..., leia o Troféu Anteu, e objteve
como resposta do ditador.

- Mas pensa você, Quaresma, que eu hei de por a enxada na
mão de cada um desses vadios?! Não havia exército que
chegasse...

Aceito a acusação de visionário, feita pelo ditador Floriano,
mas afirmo aqui o que ouvi de todos os gigantes filhos da terra
entrevistados, sou feliz! E esta é a maior riqueza, como afirma o
peota Jonas Bezerra cujo os versos usei aqui, como nós nascidos
no Iguatu, nem temo a morte a infame de Tristão Araripe, cujo as
palavras transcrevo para os apreciadores da liberdade:

“Nada demove os nossos passos na carreira brilhante da
nossa liberdade política e de nenhuma sorte o horrendo despotismo
nos esmagará debaixo dos pés...aqui nada afrouxa, assim como V.
Ex. com esse povo livre não desmerecerão o meu conceito, todo
firmado nas bases do liberalismo. Pese mui fielmente V.Ex as
minhas palavras na contingência necessária de jamais contar com
esta província, se adotar outro sistema, ou de acabar com ela nos
campos da honra, se concordar com nossos princípios liberais.
Para sempre seja infame o brasileiro escravo”.

Tenho dito

Cícero Correia Lima.

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