15 de fev. de 2019


Troféu  Anteu
Ao gigante filho da terra
Apoio:
Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Cultura e Turismo – Lucinha Felipe
Secretaria de Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto
Lions Clube Centenário João Alves Bezerra
Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo
Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA) – AGROPOLOS – De Assis Diniz.




Sítio Água Fria


“Quan­do saíram do rio sete vacas belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos.”
Gênesis 41:2
Antônio Pereira Mourão, conhecido popularmente por Tó Mourão, nasceu no sítio Macaco, no município de Jucás, na serra da Donana. Filho de Francisco Pereira Mourão e Maria Batista da Silva, em 14 de Junho de 1958, numa família de 12 irmãos : França, Wilson, Zé Mourão, Cicero, Expedito, Wilton, Antonieta (In Memoria), Neta, Helena, Marluce e Mazinha.
 Minha infância era trabalhar muito na roça, na madrugada às 4 horas da manhã papai já nos acordava, eu e o José para irmos pro curral. Mas eu posso afirmar que o meu tio Armando Mourão, foi o grande incentivador desta decisão minha de abraçar a vida de gado. Ele fazia umas cordas de couro de gado, e me presenteava para me ensinar a laçar. Na idade de 10 anos eu o acompanhava na burra velha do meu pai, ele saia para pegar boi no mato e eu o acompanhava. Aos 14 anos meu pai me presenteou com uma polda, corri muito no mato com ela atrás de boi, onde passava ficava a batoqueira, só o rasgo, levei muita queda, mas só quebrei uma vez a clavícula.
 Eu cheguei aqui na região do Gadelha para trabalhar com Brejeiro em sua vacaria, era o ano de 1994, mas passei pouco tempo lá, aproximadamente uns 9 meses, depois vim trabalhar com a senhora Risalva Soares, aqui na Água Fria, meu negocio com ela era plantar arroz de meia e tomar conta do gado, como paga ficava com o leite, na época ela tinha 18 cabeças, hoje o rebanho se resume a 126 reses, toda responsabilidade é minha e do meu filho Renario. No inicio era eu e minha esposa, Irismar Lucas Mourão, na roça encarava a jurema, na vazante de arroz era pau pra toda obra, catar feijão, quebrar milho, havia a luta do gado, eu não podia me atrasar, ela ficava na frente dos serviços da roça, nossos três primeiros filhos nasceram na serra da Donana: Renato, Gabriela e Renario a Maria José já nasceu aqui, tenho uma netinha a Ana Melissa.
 Quando eu cheguei aqui na Água Fria tinha um cacimbão lá no meio do rio, uma bomba ligada direto para as vazantes de arroz. O rio me ajudou a criar minha família, muita fartura. Em 2004 houve uma enchente muito grande e levou o cacimbão.
  O rio Jaguaribe tem me servido muito como estrada, não gosto de asfalto, daqui pro Quixoa, Gadelha, Iguatu, tangendo gado, ou indo para alguma vaquejada, sempre descido ir pelo rio.
 Eu sou feliz, graças a Deus, a minha família, minha saúde, meu trabalho, faço o que gosto.  Sou um homem livre, eu não sou sujeito a ninguém, não devo a ninguém! Só ao banco kkk... 

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