Troféu Anteu
Ao gigante filho da
terra
Apoio:
Secretaria do Meio
Ambiente e Urbanismo – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Cultura e
Turismo – Lucinha Felipe
Secretaria de
Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto
Lions Clube Centenário
João Alves Bezerra
Associação dos idosos
de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo
tempo
Secretaria de
Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA) – AGROPOLOS – De Assis
Diniz.
Sítio Água Fria
“Quando saíram do rio
sete vacas belas e gordas, que começaram a pastar entre os juncos.”
Gênesis 41:2
Gênesis 41:2
Antônio Pereira Mourão, conhecido popularmente por Tó
Mourão, nasceu no sítio Macaco, no município de Jucás, na serra da Donana.
Filho de Francisco Pereira Mourão e Maria Batista da Silva, em 14 de Junho de
1958, numa família de 12 irmãos : França, Wilson, Zé Mourão, Cicero, Expedito,
Wilton, Antonieta (In Memoria), Neta, Helena, Marluce e Mazinha.
Minha infância era
trabalhar muito na roça, na madrugada às 4 horas da manhã papai já nos acordava,
eu e o José para irmos pro curral. Mas eu posso afirmar que o meu tio Armando
Mourão, foi o grande incentivador desta decisão minha de abraçar a vida de gado.
Ele fazia umas cordas de couro de gado, e me presenteava para me ensinar a
laçar. Na idade de 10 anos eu o acompanhava na burra velha do meu pai, ele saia
para pegar boi no mato e eu o acompanhava. Aos 14 anos meu pai me presenteou
com uma polda, corri muito no mato com ela atrás de boi, onde passava ficava a
batoqueira, só o rasgo, levei muita queda, mas só quebrei uma vez a clavícula.
Eu cheguei aqui na
região do Gadelha para trabalhar com Brejeiro em sua vacaria, era o ano de
1994, mas passei pouco tempo lá, aproximadamente uns 9 meses, depois vim
trabalhar com a senhora Risalva Soares, aqui na Água Fria, meu negocio com ela
era plantar arroz de meia e tomar conta do gado, como paga ficava com o leite,
na época ela tinha 18 cabeças, hoje o rebanho se resume a 126 reses, toda
responsabilidade é minha e do meu filho Renario. No inicio era eu e minha
esposa, Irismar Lucas Mourão, na roça encarava a jurema, na vazante de arroz
era pau pra toda obra, catar feijão, quebrar milho, havia a luta do gado, eu
não podia me atrasar, ela ficava na frente dos serviços da roça, nossos três
primeiros filhos nasceram na serra da Donana: Renato, Gabriela e Renario a
Maria José já nasceu aqui, tenho uma netinha a Ana Melissa.
Quando eu cheguei
aqui na Água Fria tinha um cacimbão lá no meio do rio, uma bomba ligada direto
para as vazantes de arroz. O rio me ajudou a criar minha família, muita
fartura. Em 2004 houve uma enchente muito grande e levou o cacimbão.
O rio Jaguaribe tem
me servido muito como estrada, não gosto de asfalto, daqui pro Quixoa, Gadelha,
Iguatu, tangendo gado, ou indo para alguma vaquejada, sempre descido ir pelo
rio.
Eu sou feliz, graças
a Deus, a minha família, minha saúde, meu trabalho, faço o que gosto. Sou um homem livre, eu não sou sujeito a
ninguém, não devo a ninguém! Só ao banco kkk...
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