13 de fev. de 2019


Troféu  Anteu
Ao gigante filho da terra
Apoio:
Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Cultura e Turismo – Lucinha Felipe
Secretaria de Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto
Lions Clube Centenário João Alves Bezerra
Associação dos idosos de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo tempo
Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA) – AGROPOLOS – De Assis Diniz.



Sítio Cardoso I 

“Como a corça anseia por águas correntes,
a minha alma anseia por ti, ó Deus.”
Salmos 42:1
Maria Ferreira Marques (Maria Marta, Maria de Docha),Filha de Francisco Marques Diniz e Francisca Ferreira dos Santos. Nasceu no dia 1° de Abril de 1941, no sítio Tanque.
Dos 15 filhos paridos por minha mãe só se criou dois eu e a Belinha (Elizabete Ferreira Marques ) Minha infância foi de muito sofrimento por uma parte, tudo não, também tinha alguma coisa boa. A gente viveu pobre, perder pai e mãe, perder marido. A gente ajudava papai na vazante de arroz, nas plantações de algodão.  Casei-me com Raimundo Docha Jares, natural aqui do Cardoso I, eu o conhecia desde menino, foi casado com uma prima minha, depois enviuvou, ai nos casamos, mas nunca tivemos filhos. Hoje me encontro sozinha novamente, Deus me deu o jeito de morar no que é meu, às vezes vem um sobrinho, vem outro.
 Na minha infância o rio era corrente no inverno e no verão os poços eram cheios, muito bonito o rio cheio, mas agora não tem mais isto não, as vazantes de batata, macaxeira, feijão, canteiro de coentro.  Depois de viúva cavei um cacimbão e irriguei 5 tarefas de terras. Eu gosto de trabalhar na roça, fazer economia, já ajeitei minha casa que era uma casa velha. Agora mesmo estou vindo da roça, fui olhar as bananeiras. Eu sou operada do coração, o Doutor disse  para eu não trabalhar, mas eu gosto.
 Me acho feliz por que Deus quer, eu estou viva, tenho onde morar  que eu não tinha. Meu pai vendeu o terreno dele e passamos muito tempo sem ter onde morar. Agradeço a Deus e ao meu marido que me deu estas 10 tarefas e meia de terra.
 Quanto à solidão eu já me acostumei, Deus ensina um jeito. Eu trabalho, dou de comer as minhas galinhas, minhas cabras. Já teve tempo de ter 14 cabeças de gado aqui no curral, mas veio esta seca tive que vender.
 Eu me sinto uma mulher livre, não tem nada que me amarre. Sinto a morte do meu marido, que adoeceu do coração, ficou muito nervoso, também foi proibido de trabalhar e me deixou só, mas não guardo magoa de ninguém, só espero em Deus.

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