Troféu Anteu
Ao gigante filho da
terra
Apoio:
Secretaria do Meio
Ambiente e Urbanismo – Dr. Marcos Ageu
Secretaria de Cultura
e Turismo – Lucinha Felipe
Secretaria de
Agricultura e Pecuária – Hildernando Barreto
Lions Clube
Centenário João Alves Bezerra
Associação dos idosos
de Santa Edwiges
Prefeitura de um novo
tempo
Secretaria de
Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado (SDA) – AGROPOLOS – De Assis
Diniz.
Sítio Quixoá
“E será que toda
criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque
lá chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse
ribeiro.”
Ezequiel 47:9
Francisca da Costa Lima conhecida por Né Pequena, filha do
casal Cicero Ferreira da Costa e Luiza Alves de Andrade, numa prole de 6
filhos: Claudio, Lindenor, Francimar (falecida) Francineuma(falecida) e
Lucimar.
Nasceu a 10 de Março
de 1959 no sítio Quixoá dos Lopes. Minha infância só foi trabalhar demais, com
12 anos já estava na roça, mas meu pai, fazendo cerca, desgotando cacimbão,
plantando o milho, feijão, tudo que fosse preciso, todo serviço de roça eu fiz
na minha vida, pastorava passarinho, mudava arroz. Meus irmãos todos aprenderam
a ler e escrever tinha uma escola aqui nas terras do Dr. Lopes, eu não aprendi
por que papai queria que eu fosse trabalhar me colocou uma época no MOBRAL, mas
eu fui foi namorar. Me casei no dia 27 de Novembro de 1981, casamento civil, com
o jovem João Ferreira Lima que é pai de quatro filhos meus: Josué, Joziene,
Jeovan e Joelma. Desde a infância que tenho uma relação de amor com o Rio
Jaguaribe, papai e mamãe já nos levavam para a Vazante, lá plantávamos cebola,
coentro, batata, fumo. Quando a água diminuía cavávamos uma cacimba e a
proporção que a água baixava fazíamos degraus para descer e pegar água na lata
para aguar a Vazante.
Hoje as coisas estão
mais difíceis, mas ainda o ano passado eu e meu marido João plantamos uma
tarefa e meia de arroz, pagamos o trator para arar a terra, emparedamos a
terra, botamos a água, o João foi planeando e eu arrancando a palha, paguei
para fazerem a muda e no final tiramos 70 quartas de arroz. O ano que vem vamos
botar de novo se Deus quiser.
As coisas para trás
era muito difícil, era tudo na lamparina, papai mudando arroz de noite com a
luz do lampião e eu lavando a palha e o entregando. A vassoura, eu passava o
dia todo trabalhando, fazia 500 no dia. Ia para a roça tirar a palha, eu
pequena, papai me colocava na cangalha no meio das cargas e eu vinha deixar em
casa, a noite ia riscar a palha, quando era pela manhã, estendia a palha e
confeccionava a vassoura. Hoje nós estamos no céu, assim por uma parte, dormíamos
do lado de fora sem preocupação alguma, vá hoje!?
Me orgulho de ser
agricultora não tenho vergonha de dizer isso em canto nenhum. Sou muito
satisfeita com minha vida, com as filhas que Deus me deu e meus três netos.
Minha mãe foi sempre
uma mulher sofredora, tinha a luta de casa e a luta da roça, fazia vassoura, trabalhava
de dia e de noite.
Com oito dias de
casada, comecei a trabalhar na roça com meu marido, até hoje estamos
trabalhando juntos, criamos nossos filhos trabalhando na roça.
- A senhora se considera uma mulher feliz?
- Me considero! Sou pobre, mas sou feliz graças a Deus.
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