12 de abr. de 2016

Eminencias Pardas
“Monsenhor  de Pacilli sabia que só existem duas espécies de homens cujas convicções não podem ser facilmente abaladas: Os idiotas e os sábios. Os idiotas não tem capacidade para combater os argumentos e nem para refletir. Os sábios são, geralmente, por demais egocêntricos, para aceitar a logica de um argumento contrario ao resultado final de duas exaustivas pesquisas”
(A luz e as trevas)

 Humberto de Campos, faz referencia em uma de suas incontáveis crônicas, ao nosso complexo de vira lata, e exemplifica, contando de um jovem fidalgo vindo da corte portuguesa para esses sertões, passar uma temporada na casa de algum parente ilustre, e que aqui chegando, encontra o ambiente belicoso, uma contenda entre dois chefes políticos locais. Na fazenda, exige participar de uma ação armada, que se preparava contra o chefe politico adversário, para “sentir mais de perto o cheiro da pólvora”, e é a muito custo e com receio, aceito pelos “cabras”, obedecendo ordens do seu Coronel, para ficar de olho no menino. Durante a refrega cai este morto. Na volta para a fazenda, apesar de vitorioso na empreitada, o chefe do grupo armado, comenta para o bando:
- Como é que vamos explicar isso ao Coronel! Se fosse um de nós, ate a gente se ria, do susto na hora da morte, da maneira como caiu do cavalo. Mas este rapaz, vindo de além do mar, fidalgo e homem de fino trato, vai ser difícil...
 Esse complexo, porém, vai muito além da peça Homem, pois que em nossas escolas aprendemos desde cedo a historia de Napoleão Bonaparte, Alexandre “O grande” , Aníbal, Pedro de Alcântara, príncipe Português que deu o grito de Independência do Brasil as margens do Riacho Ipiranga onde havia parado para defecar, riacho esse, hoje transformado em esgoto da grande metrópole paulistana. Esquecendo porém, de contar aos nossos filhos a historia das lutas pela liberdade de nosso povo, a historia de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, morto nas barrancas do Jaguaribe, em Santa Rosa, defendendo os ideais republicanos da Confederação do Equador. O nosso grande rio da onça, porém, como nossa artéria fluvial maior, não merece o destino que a grande metrópole paulistana deu ao seu famoso riacho  Ipiranga. Temos que lutar contra esse complexo de inferioridade, salvando o Jaguaribe, salvando também a nós.
 Voltando a peça Homem e ao complexo de inferioridade, que a grande metrópole portuguesa cultivou em nosso povo, avaliemos por um instante, os nossos homens públicos: Quem é hoje o presidente da Câmara Municipal, eleito pelo grupo politico que faz oposição à Administração Municipal e ao deputado Agenor Neto? Quem é hoje, o candidato dessa mesma oposição, a enfrentar nas urnas o prefeito Aderilo Alcântara, nas eleições que se aproximam? Rubenildo Cadeira, Ednaldo Lavor, nasceram todos no mesmo berço esplendido, para não fugir ao hino, nas entranhas do Agenor Neto.
   Ao deitar mais a lupa sobre esse apodrecido cadáver, que se tornou a politica, esquecendo por um instante, a politica nacional, estadual ou municipal e avaliando bem de perto a politica partidária, mas precisamente a do Partido dos Trabalhadores, ao qual sou filiado, quero de publico aplaudir o gesto altivo do Dr.Romualdo Lima. Que em momento tempestuoso, em que alguns pretensos campeões do partido já abandonaram o navio (Marconi Filho e Romulo Fernandes), tem ele a audácia, altives, coragem de saltar dentro do barco. Dai, a entregar a ele o timão do navio, em detrimento de outros valentes, que estão no barco há mais tempo, enfrentando a tormenta com desassombro e o esquecimento da própria vida, em beneficio maior da politica libertaria do Partido dos Trabalhadores, ai já é negar a nos mesmos.
 Em meio a este mar de incertezas, o Prof. Vandeilton Sucupira, que esteve filiado por 10 anos no Partido dos Trabalhadores, e que por duas eleições teve o seu nome preterido pelo partido em beneficio de outros nomes, sonha firmar seu nome na disputa a prefeito neste ano de 2016, desta vez filiado ao PRTB, depois de ancorar em vários portos, que não lhes pareceu seguro, vem agora a frente do PRTB, buscar uma coligação com o seu antigo partido de lutas o PT, pareceu-me mais o Vandeilton Sucupira, o rio Camaquã, cheio de voltas. Mas, isto nele é meritório, num contexto em que se prende a muitos com a coleira do salario, e o pão da escravatura, amarga. Tenta ele conservar a sua liberdade. Antes os espinhos da liberdade do que as flores da escravidão.
 Tenho Dito.
Cicero Correia Lima. 
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