Troféu Anteu
Ao Homem com H maiúsculo, Honrado, Honesto.
Ao gigante filho da terra.
Ao Homem com H maiúsculo, Honrado, Honesto.
Ao gigante filho da terra.
Nos 60 anos IFCE-Campus de Iguatu.
_ Mas diga-me, Manuel, andas de vadiação ou isto é volta de negócio?
_ Nem uma, nem outra coisa. Vim só para pedir-te a benção, para me dar felicidade, e mesmo porque talvez lá mim fique!
_ E para onde te botas?
_ Para Entre Rios, buscar o homem que matou meu pai!
_ Hein!...Depois de tanto tempo?
_ São coisas que não se esquecemos nunca.
_ Não esquecem, bem sei, mais se perdoam, talvez o sujeito esteja arrependido.
_ Melhor, Deus o absorverá.
_ Visto isto, estás decidido?
_ Desde muito tempo.
_ Que diz tua mãe a tudo isto?
_ Ela não sabe.
_ Escuta, Manoel. Teu coração te pede o que vai fazer? Sentes que sem isso não poderás viver descansado? Fala a verdade.
_ Se eu não vingasse o pai, ele mim renegaria lá do céu.
( O Gaúcho- José de Alencar)
_ Nem uma, nem outra coisa. Vim só para pedir-te a benção, para me dar felicidade, e mesmo porque talvez lá mim fique!
_ E para onde te botas?
_ Para Entre Rios, buscar o homem que matou meu pai!
_ Hein!...Depois de tanto tempo?
_ São coisas que não se esquecemos nunca.
_ Não esquecem, bem sei, mais se perdoam, talvez o sujeito esteja arrependido.
_ Melhor, Deus o absorverá.
_ Visto isto, estás decidido?
_ Desde muito tempo.
_ Que diz tua mãe a tudo isto?
_ Ela não sabe.
_ Escuta, Manoel. Teu coração te pede o que vai fazer? Sentes que sem isso não poderás viver descansado? Fala a verdade.
_ Se eu não vingasse o pai, ele mim renegaria lá do céu.
( O Gaúcho- José de Alencar)
Agricultor José Willame de Araújo nasceu a 07 de março de 1950, no Distrito de José de Alencar, filho do casal Francisco Pedro de Araújo e Luiza Almeida de Oliveira , casando-se com a senhora Maria Socorro de Araújo, com quem teve três filhos :Maria Lucinilda, Francisco Willame e Maria Lucinir de Araújo.
-Eu me criei na Várzea de Fora, hoje moro aqui no Croata. Mais fui criado por meus avôs, minha mãe morreu deixando eu e um outro irmão, eu tinha 04 anos. Papai constituiu uma nova família, da qual tenho 6 irmãos . Nunca estudei nada, porque não quis, mas tinha uma escola no Sitio Boa Vista, na residência da professora Teresinha Lino de Araújo, perto lá de casa, eu ia, mas voltava mentindo, dizendo a vovó que estava doente, com dor de cabeça. Comecei a ir para a roça com meu avô aos 7 anos. Ele tinha um plantio de arroz vermelho numa lagoa lá na Várzea de Fora, eu ficava arrancando o mato de dentro do arroz, depois botava pro gado. Em 1958, o meu avô José Pedro me ensinou a cortar o mandacaru, fazer o fogo e sapecar os espinhos, depois, pinicar pro gado comer. Era umas 15 cabeças, a seca muito grande. De primeiro ninguém vendia leite, minha vó Odília, fazia o queijo, a manteiga, também fiava, antes descaroçava o algodão, batia para fazer o fio e mandava fazer a rede num tear, lá na Água Fria, no Orós, tudo no lombo de animal. Nós saíamos pro Iguatu perto das 4 da madrugada, levando arroz para pilar, quem não ia, restava a opção do pilão, muito mais trabalhoso, em casa mesmo. Algodão Mocó, Algodão Verdão, Algodão Ligeiro, era o boi do agricultor, plantava 20 tarefas de algodão, mas tirava terras para plantar Milho, a Fava. Naquele tempo, não tinha aposentadoria, terminava o inverno, ia brocar, fazer cerca, cortava-se lenha e vendia para a Estrada de Ferro, que tinha as maquinas a fogo.
Minhas duas filhas são casadas com gente daqui mesmo, levantaram as duas, sua casa próxima a minha. Meu rapaz, mora mais eu, já tirou o leite das nossas vacas hoje, e foi pro curral do Aluízio Lopes. A tarde volta, ele tem umas criações, corre pra lá e pra cá, a luta aqui é esta. Ele tem 25 anos, mas quando recebe seu dinheiro, ele recebe por quinzena, ele me entrega todo, ou a mãe dele. Graças a Deus! Aqui todo mundo se admira, nestes tempos, um filho seguir o regime do pai.
Hoje, sou aposentado, eu e a mulher, tenho 10 cabeças de gado, porque resíduo tá difícil, caro. Tenho uma criaçãozinha de bode, a mulher tem uma criação de galinha capoeira.
_ O Senhor acredita ser um Homem livre?
Com a família que eu tenho!? Graças a Deus, vivo sossegado, sou um Homem livre.
-Eu me criei na Várzea de Fora, hoje moro aqui no Croata. Mais fui criado por meus avôs, minha mãe morreu deixando eu e um outro irmão, eu tinha 04 anos. Papai constituiu uma nova família, da qual tenho 6 irmãos . Nunca estudei nada, porque não quis, mas tinha uma escola no Sitio Boa Vista, na residência da professora Teresinha Lino de Araújo, perto lá de casa, eu ia, mas voltava mentindo, dizendo a vovó que estava doente, com dor de cabeça. Comecei a ir para a roça com meu avô aos 7 anos. Ele tinha um plantio de arroz vermelho numa lagoa lá na Várzea de Fora, eu ficava arrancando o mato de dentro do arroz, depois botava pro gado. Em 1958, o meu avô José Pedro me ensinou a cortar o mandacaru, fazer o fogo e sapecar os espinhos, depois, pinicar pro gado comer. Era umas 15 cabeças, a seca muito grande. De primeiro ninguém vendia leite, minha vó Odília, fazia o queijo, a manteiga, também fiava, antes descaroçava o algodão, batia para fazer o fio e mandava fazer a rede num tear, lá na Água Fria, no Orós, tudo no lombo de animal. Nós saíamos pro Iguatu perto das 4 da madrugada, levando arroz para pilar, quem não ia, restava a opção do pilão, muito mais trabalhoso, em casa mesmo. Algodão Mocó, Algodão Verdão, Algodão Ligeiro, era o boi do agricultor, plantava 20 tarefas de algodão, mas tirava terras para plantar Milho, a Fava. Naquele tempo, não tinha aposentadoria, terminava o inverno, ia brocar, fazer cerca, cortava-se lenha e vendia para a Estrada de Ferro, que tinha as maquinas a fogo.
Minhas duas filhas são casadas com gente daqui mesmo, levantaram as duas, sua casa próxima a minha. Meu rapaz, mora mais eu, já tirou o leite das nossas vacas hoje, e foi pro curral do Aluízio Lopes. A tarde volta, ele tem umas criações, corre pra lá e pra cá, a luta aqui é esta. Ele tem 25 anos, mas quando recebe seu dinheiro, ele recebe por quinzena, ele me entrega todo, ou a mãe dele. Graças a Deus! Aqui todo mundo se admira, nestes tempos, um filho seguir o regime do pai.
Hoje, sou aposentado, eu e a mulher, tenho 10 cabeças de gado, porque resíduo tá difícil, caro. Tenho uma criaçãozinha de bode, a mulher tem uma criação de galinha capoeira.
_ O Senhor acredita ser um Homem livre?
Com a família que eu tenho!? Graças a Deus, vivo sossegado, sou um Homem livre.
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