Dúbio Caldeirão

24 de jan. de 2010

“...
- vê vossa excelência como é fácil erguer este país. Desde que ...
- mais pensa você, Quaresma, que eu hei de por a enxada na mão de cada um desses vadios!? Não havia exército que chegasse.”
(ditador Floriano Peixoto
O triste fim de Policárpio Quaresma)




Na 14ª Romaria da terra acontecida no Domingo 11 de Outubro no Iguatu propagou-se uma revista com o mesmo título. Há página primeira no 1º capítulo: Vamos a Iguatu! Uma afirmação: As Romeiras e Romeiros, peregrinos e peregrinos cumprem seus votos, pagam promessas, buscam fortalecer a fé de cada um e da coletividade para enfrentar as durezas e sacrifícios do dia-a-dia. Nas Romarias, também renovam as esperanças e fé para organizados buscarem os direitos sagrados na TERRA MÃE. Terra como território de vida e trabalho para que o pão chegue a mesa de todos, como lugar de moradia e comunhão com a natureza, promessa de Deus para todas as criaturas.

Era assim também no Caldeirão, lá os Romeiros que chegavam ao Juazeiro buscando no meu Padin Ciço, terra para trabalhar, eram imediatamente enviados por este, ao beato Zé Lourenço na serra do Araripi no Sítio Caldeirão. Lá os Romeiros com muito amor a terra e trabalho na roça conseguiram transformar aquela terra seca em um lugar bonito, com milhares de laranjeiras, mangueiras, cafeeiros e outras fruteiras. Fizeram também grandes roçados de algodão, feijão e ainda hortas com vários tipo de verduras. O ano de 1932 foi de grande seca em todo o Nordeste. Em todo canto morria gente de doença e de fome. Mais no Caldeirão não morreu ninguém. Nos Armazéns tinha o suficiente para todo aquele povo comer. Não faltou comida para ninguém, nem para os fragelados pela seca que lá chegavam.

Pois este povoamento que resistiu a seca e outras asperezas do clima, não conseguiu resistir ao dúbio José Bezerra que lá chegou dizendo-se Industrial interessado na compra de Algodão, tomando nota de tudo que via no Caldeirão. Quando voltou pela 2ª vez, Capitão, acompanhado de outro Capitão, Cordeiro Neto que foi prefeito de Fortaleza. Queimaram 400 casas, as moagens, as roças, massacram uma população inocente, tendo como única força a enfrentá-los as palavras de um velho de longa barba, que disse: O senhor é poderoso, mais acima de tudo está o poder de Deus.

Eu não sou dúbio! Eu não sou dúbio! Foram estas as palavras que chegaram aos meus ouvidos pelas ondas da rádio Liberdade, ditas pelo nosso Gestor Público Municipal há pouco mais de 20 dias, quando anunciou a maior decisão tomada na sua vida pública, apoiar o atual governador Ciro Gomes nas próximas eleições....


A 14ª Romaria da terra foi magnífica, milhares d Romeiros e Romeiras encheram as ruas do meu Iguatu festivos, a tarde reuniram-se todos na praça da Matriz no meio deles como representante do Governo Lula, nesta luta pela posse da terra, pelo direito a liberdade, a dignidade, ao trabalho, o Ministro Petista José Pimentel, outros homens públicos foram vistos em meio aos Romeiros, entre eles o nosso Gestor Público Municial. Meninos eu vi, o prefeito Agenor Neto em meio aos Romeiros no Iguatu, como o Capitão José Bezerra em meio ao Romeiros no Caldeirão. O resto de sua procedência como Prefeito Municipal, a perseguição ao trabalhador, a tributação excessiva, a tomada de terras a dezenas de famílias (Indenizações imorais), não vale a pena contar, não tem graça.






Tenho dito.


Cícero Correia Lima.

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