Arraía do Povo

1 de jul. de 2018


            ARRAÍA DO POVO
“ Estamos ligados por um cordão umbilical a mais distante das estrelas. “

Na sexta feira,  08 de junho, estive enquanto chefe do núcleo de educação ambiental, da secretaria do meio ambiente e urbanismo, juntamente com a fina flor da sociedade Iguatuense, representada ali pela Igreja Católica, com a presença do Padre Leiva e do nosso Bispo Homem Edson de Castro, da Câmara Municipal, com os vereadores Vicente Reinaldo e Bandeira Junior ,da comissão do meio ambiente daquela casa, do poder executivo municipal representado ali pelo secretario do meio ambiente e urbanismo o Dr. Marcos Ageu e do sub secretario da agricultura o Teixeira, o diretor da Escola Modelo professor Elder Costa, que ali também representava o Dr. Paulo de Tasso, proprietário do Hospital São Camilo e do presidente e vice presidente da Associação de idosos de Santa Edwiges, os senhores Dede David e Chico Gomes, dentro do rio Jaguaribe, na altura da extremidade da rua Santos Dumont, onde, ainda ontem se levantava um muro da hipocrisia que segregava as populações carentes da vila Neuma, vila Moura e São Gabriel de terem um acesso rápido ao centro de nossa urbe. Minha intenção era tornar a todos cientes do maltrato que o rio vem sofrendo com aquele isolamento de duas décadas, na oportunidade falei da importância histórica, não bastasse a ecológica que é vital, da estrada nova das boiadas ou estrada dos Inhamus, que possibilitou aos nossos antepassados  ocupar nossos sertões, fazendo do rio a natural estrada por onde se transportava o gado, na já tão esquecida civilização do couro, que nos antecedeu. Na oportunidade pedi ao nosso bispo diocesano que você ele a costurar este delicado tecido de interesses com o fino e frio fio do convencimento, da persuasão da palavra. No sábado, estivemos embaixo do abrigo metálico, com uma barraca do meio ambiente, na Feira da Caatinga ( mata braba, enfezada mesmo ), onde distribuímos ao nosso povo, licores, geleias, compotas, doces, de Tamarindo, Trapiá, fruto do Mandacaru, Palmas, Castanha do Caju. Numa tentativa de difundir no meio de nossa gente o saboroso e desconhecido paladar da Caatinga. Durante a semana seguinte, cumpri agenda com as escolas N.S.P. Socorro, Adail Barreto e Alba Araújo, levando os jovens destas referidas escolas a replantarem um trecho do rio Jaguaribe que é o mais conhecido de todos, pois que fica a altura da ponte Demócrito Rocha e ponte Ferroviária, mas, apesar  de conhecido, esquecido, pois tem se transformado num lixão, lá plantamos mudas de Ipê, Tamarindo, Oiticica, Cedro, Pau D’ Arco, Sabonete. Durante o Arraiá do Povo, ainda em andamento, um espaço para artistas locais se apresentarem, com o forro pé de serra, em terreiro de chão batido, para que nossos filhos tenham uma ideia de como as coisas se passavam no sertão, as quadrilhas juninas, brilhantemente apresentadas e ovacionadas pelo grande público ali presente e o museu, onde presenciei objetos pessoais e profissionais de dois amigos conterrâneos, contemporâneos, que já se adiantaram nas tarefas impostas pelo destino e já estão no mundo espiritual. Mas, que estavam ali, para orgulho nosso, do nosso povo, de nossa gente Geovar Fernandes e Dejacir Rodrigues, graças aos esforços da Secretária de Cultura do município a companheira petista Lucinha Felipe. Sem contar o apoio dado, por esta administração, prefeitura de um novo tempo para a realização do Troféu Anteu, ao gigante filho da terra, que estar se realizando no distrito do Gadelha, onde conheceremos a historia de vida de agricultores, vaqueiros e mulheres do campo dos sítios e vilas como:  Cajazeiras, Intans, Piripiri, Água Fria, Cardoso III,  Amapá , São José, Quixoá, Cardoso II, Cardoso I, Penha e Fomento. Tudo isto é um esforço coletivo de voltarmos os olhos para o esquecido povo nordestino, no qual nos incluímos, só podemos amar em verdade, aquilo que conhecemos. Como poderemos amar nosso bioma, nossa Caatinga, nossa fauna, nossa flora, nosso rio Jaguaribe, nossa historia, se fomos criados todos sob uma cultura de que nada somos, que nada valemos, que só é importante aquilo que vem de fora. Dai a necessidade do show do Luan Santana, uma estrela muito distante de nossa realidade, mas que além de alçar o nome do Iguatu em nível de Brasil, garante um público que beneficia a todos os demais artistas, apresentações, quadrilhas, museus, hotéis, comercio, tudo como um todo.
A apenas um ano e seis meses, há frente do poder público municipal, o prefeito Edinaldo Lavor, que gosta de afirmar, de se firmar , um matuto ali do sitio Estrada, estar de maneira firme, fazendo nascer nesta geração em formação, um amor verdadeiro por nossa terra, na arte do possível. E por isto, eu o parabenizo.
                        Tenho dito.

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