ARRAÍA DO
POVO
“ Estamos ligados por um cordão umbilical a mais distante
das estrelas. “
Na sexta feira, 08 de
junho, estive enquanto chefe do núcleo de educação ambiental, da secretaria do
meio ambiente e urbanismo, juntamente com a fina flor da sociedade Iguatuense,
representada ali pela Igreja Católica, com a presença do Padre Leiva e do nosso
Bispo Homem Edson de Castro, da Câmara Municipal, com os vereadores Vicente
Reinaldo e Bandeira Junior ,da comissão do meio ambiente daquela casa, do poder
executivo municipal representado ali pelo secretario do meio ambiente e
urbanismo o Dr. Marcos Ageu e do sub secretario da agricultura o Teixeira, o
diretor da Escola Modelo professor Elder Costa, que ali também representava o
Dr. Paulo de Tasso, proprietário do Hospital São Camilo e do presidente e vice
presidente da Associação de idosos de Santa Edwiges, os senhores Dede David e
Chico Gomes, dentro do rio Jaguaribe, na altura da extremidade da rua Santos
Dumont, onde, ainda ontem se levantava um muro da hipocrisia que segregava as
populações carentes da vila Neuma, vila Moura e São Gabriel de terem um acesso
rápido ao centro de nossa urbe. Minha intenção era tornar a todos cientes do
maltrato que o rio vem sofrendo com aquele isolamento de duas décadas, na
oportunidade falei da importância histórica, não bastasse a ecológica que é
vital, da estrada nova das boiadas ou estrada dos Inhamus, que possibilitou aos
nossos antepassados ocupar nossos
sertões, fazendo do rio a natural estrada por onde se transportava o gado, na
já tão esquecida civilização do couro, que nos antecedeu. Na oportunidade pedi
ao nosso bispo diocesano que você ele a costurar este delicado tecido de
interesses com o fino e frio fio do convencimento, da persuasão da palavra. No
sábado, estivemos embaixo do abrigo metálico, com uma barraca do meio ambiente,
na Feira da Caatinga ( mata braba, enfezada mesmo ), onde distribuímos ao nosso
povo, licores, geleias, compotas, doces, de Tamarindo, Trapiá, fruto do
Mandacaru, Palmas, Castanha do Caju. Numa tentativa de difundir no meio de
nossa gente o saboroso e desconhecido paladar da Caatinga. Durante a semana
seguinte, cumpri agenda com as escolas N.S.P. Socorro, Adail Barreto e Alba
Araújo, levando os jovens destas referidas escolas a replantarem um trecho do
rio Jaguaribe que é o mais conhecido de todos, pois que fica a altura da ponte
Demócrito Rocha e ponte Ferroviária, mas, apesar de conhecido, esquecido, pois tem se
transformado num lixão, lá plantamos mudas de Ipê, Tamarindo, Oiticica, Cedro,
Pau D’ Arco, Sabonete. Durante o Arraiá do Povo, ainda em andamento, um espaço
para artistas locais se apresentarem, com o forro pé de serra, em terreiro de
chão batido, para que nossos filhos tenham uma ideia de como as coisas se
passavam no sertão, as quadrilhas juninas, brilhantemente apresentadas e
ovacionadas pelo grande público ali presente e o museu, onde presenciei objetos
pessoais e profissionais de dois amigos conterrâneos, contemporâneos, que já se
adiantaram nas tarefas impostas pelo destino e já estão no mundo espiritual.
Mas, que estavam ali, para orgulho nosso, do nosso povo, de nossa gente Geovar
Fernandes e Dejacir Rodrigues, graças aos esforços da Secretária de Cultura do
município a companheira petista Lucinha Felipe. Sem contar o apoio dado, por
esta administração, prefeitura de um novo tempo para a realização do Troféu
Anteu, ao gigante filho da terra, que estar se realizando no distrito do
Gadelha, onde conheceremos a historia de vida de agricultores, vaqueiros e
mulheres do campo dos sítios e vilas como:
Cajazeiras, Intans, Piripiri, Água Fria, Cardoso III, Amapá , São José, Quixoá, Cardoso II, Cardoso
I, Penha e Fomento. Tudo isto é um esforço coletivo de voltarmos os olhos para
o esquecido povo nordestino, no qual nos incluímos, só podemos amar em verdade,
aquilo que conhecemos. Como poderemos amar nosso bioma, nossa Caatinga, nossa
fauna, nossa flora, nosso rio Jaguaribe, nossa historia, se fomos criados todos
sob uma cultura de que nada somos, que nada valemos, que só é importante aquilo
que vem de fora. Dai a necessidade do show do Luan Santana, uma estrela muito
distante de nossa realidade, mas que além de alçar o nome do Iguatu em nível de
Brasil, garante um público que beneficia a todos os demais artistas,
apresentações, quadrilhas, museus, hotéis, comercio, tudo como um todo.
A apenas um ano e seis meses, há frente do poder público municipal,
o prefeito Edinaldo Lavor, que gosta de afirmar, de se firmar , um matuto ali
do sitio Estrada, estar de maneira firme, fazendo nascer nesta geração em
formação, um amor verdadeiro por nossa terra, na arte do possível. E por isto,
eu o parabenizo.
Tenho dito.
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