Traição

22 de set. de 2012


Conto IIII
“Ate tu  Brutos”

Neste processo eleitoral em curso no ano de 2012, escrevi e propaguei através do blog legitimodebraga01@gmail.com, algumas crônicas, onde tento informar aos petistas, aos Iguatuenses e ao povo em geral o terreno movediço onde agora transitamos todos, tem elas por titulo: Mil cabeças, Diretório,Inferno, Imitação, oposição e comunhão, Chicote. Hoje 20 de agosto, percebo  terem vestido em mim uma camisa de 11 varas, e por mais que me estrebuche, não consigo encontrar uma saída honrosa, mas conheço as palavras sagradas e elas afirmam, “conhecerei a verdade e a verdade vos libertara.” Vamos aos fatos: Depois da desistência do Dr. Marnilton Assunção de ser candidato a prefeitura municipal de Iguatu, pelo partido dos trabalhadores e da ausência de um outro nome com a mesma condição financeira, que o substituísse, ficamos órfãos, por assim dizer, os candidatos a vereadores do grupo petista liderado pelo senhor Marcilio Carlos.
Não tendo mais como sonhar com a unidade do partido, na falta de uma candidatura própria, as tendências reagruparam-se em dois grupos maiores, que sonhavam ambos com a vice, um com a vice da candidata do Marcelo Sobreira, sua esposa Mirian, e o outro, com a vice do candidato do Agenor Neto. A junção da tendência do Dr. Bráulio Gomes com a do Sr. Marcilio Carlos, garantiram no diretório com a maioria de 18 votos, que o partido marcharia com candidato do prefeito Agenor Neto, desde que este, assegura-se a vice para o PT na chapa majoritária. O grupo vencido esperneou, exigiu o encontro de todos os filiados do PT. O grupo vitorioso comemorou, e começou a pensar num nome para o vice. O grupo liderado pelo Sr. Marcilio Carlos apesar de ter maioria no diretório com 13 votos, não consegui apoio financeiro algum do nosso Dep. Federal o Sr. Jose Airton Cirilo, só uma promessa que na campanha poderia ajudar a 3 ou 4 vereadores, os mais cotados eleitoralmente falando, mais não mais que com uma quantia entre 40.000 ou 50.000 mil reais, a serem fatiados pelos mesmos. Isto importava dizer, que o grosso dos candidatos, em numero de oito, seriam abandonados a própria sorte. Foi neste instante que o Sr. Bráulio Gomes chegou com uma proposta “redentora”, que se nos mantivéssemos compactuados com a ampla maioria no diretório e tivéssemos a humildade de ceder a vice para o seu grupo, que só contava com 5 membros no diretório, teríamos uma ajuda de custo significativa para a campanha de nossos candidatos a vereadores, algo em torno deR$ 150.000,00, a serem parcelados em três oportunidades, a primeira delas no dia do encontro do PT, as outras duas, nos meses finais da campanha. Esta proposta foi levada para o nosso grupo e posta em votação, onde abdicamos do nome do Prof. Vandeiltom Sucupira, em detrimento de um nome apontado pelo grupo do Dr. Bráulio, que veio a ser sua esposa, a professora Claudene.O dia do encontro chegou e segundo contam,  o dinheiro que caiu nas mãos de nosso líder e articulador político, não passou 10.000 reais. Daí em diante, uma onda de pressão dos candidatos a vereadores sobre o Marcilio Carlos e sobre o Bráulio Gomes, para que o trato fosse honrado, para que pudéssemos começar nossa campanha, com um mínimo necessário, cerca de R$ 3.000,00 mensais, durante a campanha. Ate  que a bem poucos dias da convenção do partido, o Marcilio Carlos viajou a Fortaleza e lá segundo ele, o Dep. Federal  José Airton, se sentiu aliviado, quando soube que o Bráulio não tinha cumprido com o acordo, evitando assim, o afastamento do nosso grupo do deputado, afirmando ele próprio, cumprir o trato, com o qual os vereadores petistas do nosso grupo iriam custear suas despesas com propaganda, gasolina e outros custos.
Assim  foi  que no dia da convenção, alem do nome da Claudene, anteriormente acordado por todos, ressurgiram dois nomes do nosso grupo o do Prof. Vandeilton Sucupira e o Prof. Willame Felipe. Por volta das 18:30 horas o presidente do partido dos trabalhadores, atende telefonema e nervoso me convida :
- Tu é da executiva! Vamos lá na casa do Dr. Agenor Neto, ta todo mundo da executiva lá, se for preciso decidir alguma coisa no voto, tu tem que estar lá.
 E assim, não sem antes me benzer e pedir a proteção do meu pai, para que sai-se daquele momento honrado, marchamos para o inferno. Lá chegando, passeamos por um imenso gramado, que nos dava a sensação de estar flutuando, enquanto, no centro o Dr. Zé Ilo Dantas, dava as coordenadas numa conversa que me pareceu agradar a muitos, me mantive afastado, formei meu próprio grupo, três ou quatros petistas. Quando então, chega o prefeito Agenor Neto, reúne  a todos, e então afirma:
- A vice é do PT, me dêem um nome?
- Nós temos três, o senhor aponte um.
- Não! Vocês estão de brincadeira comigo, me dêem um nome!?
- Nós temos três.
- Vão para a convenção de vocês, eu vou para a nossa, se ate as 8:30 horas da noite, vocês me trouxerem um nome, a vice é do PT.
- Voltemos para nossa sede, discutimos ate aproximadamente as 22:00 horas e não chegamos a acordo nenhum. Neste instante o celular de alguém, tocou:
- Não adianta mais, eles já anunciaram o vice prefeito,  é o Ednaldo Lavor.
Alguns dias depois, tentando juntar as peças deste imenso quebra - cabeça, perguntei ao companheiro F. Alves:
- Vereador, esta estória ficou mal contada, num primeiro momento o Dep. Federal José Airton, não podia ajudar mais que três ou quatro vereadores.Depois assim do nada, volta atrás e afirma bancar o acordo antes proposto pelo Bráulio, dos 150.000,00 e nem assim, nós emplacamos um nome do nosso grupo.O principal favorecido foi o Ednaldo Lavor, que sempre afirmou vencer esta queda de braço com o partido dos trabalhadores. Tu que esteve  próximo do Ednaldo na câmara municipal quando vereador, que é irmão maçom deste na acácia centro-sul, não acha que ta me faltando contar alguma coisa ?
- Neto Braga, tu já matou a charada não adianta mais ta protelando isso, o Ednaldo Lavor me procurou, contou já saber de nossas dificuldades internas, pediu que eu intermédia-se um encontro dele com o Marcilio.
 Busquei o Marcilio Carlos, presidente do Diretório municipal do PT, interroguei-o:
- Tu  queria que eu fisse-se o que!? Todo mundo me pressionando por condições para fazer esta campanha, não consegui apoio financeiro algum dentro do partido, só quem chegou, querendo banca este acordo, para garantir a campanha dos vereadores, foi o presidente da câmara municipal, Ednaldo Lavor, se nosso grupo travasse o nome da Claudene dentro do partido, o próximo nome a firmar-se, seria o dele. Concordei! Ta resolvido o financeiro do grupo.

                                       Tenho dito.

                             Cícero Correia Lima


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